segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Lepratecoma!


Uma nova janela se abre ao progresso desta terra que o autor do monumento aos baleeiros, pretendeu simbolizar naquele pórtico colocado no Caneiro o qual constitui um velho marco da história desta Vila – primeira do Pico (falta ainda terminar as obras de reconstituição dos velhos caldeiros onde se derreteu baleias!).
Uma história carregada de labutas, canseiras e fracassos, sonhos, projectos e esperanças que começam a ressurgir no dealbar do novo ano.
Utilizando a expressão de um antigo companheiro de escola: lepratecoma, se não sou capaz de mudar isto! Vamos dar a volta ao conformismo e assumir, todos juntos, o futuro desta Terra de Valentes Baleeiros!!!
É este o voto sincero que formulo no início de 2008!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Um Natal só para alguns

Da festa do Natal, só o Presépio assinalava a diferença pois não havia nem árvore, nem luzes. Um altarinho, talvez, na cómoda do quarto de cama e um rebuçadinho para os pequenos.
O mais era a Missa do Galo na noite fria e um jantarinho de galinha mais abundante.
De resto era um dia como os outros: roupinhas remendadas e lavadas, pés descalços e uma alegria esfusiante perante uma bola de trapos, até que chegava um menino com uma bola verdadeira, bem encostada a si não fossem os rapazes dar cabo dela.
Ai tanta inveja de quem passeava, altivamente, carrinhos de lata, roupinhas e sapatos novos, guloseimas e pouco mais, que naquele tempo a variedade não era tanta assim...
Pelo ar pairava um perfume a laranjas e tangerinas, fruta abundante da época, acompanhadas de um naco de pão, com que a rapaziada matava a fome azeda da miséria.
Afinal, o Menino Jesus, não tinha vindo para todos...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Toda o litoral das Lajes precisa de melhoramentos



Nesta tarde outonal, as Lajes voltam-se para o mar e para a montanha. Agora, já o demonstrou a cortina em fase de conclusão, a Vila está mais segura, mais resguardada.

Impõe-se, por isso, que as Lajes se voltem para o mar. A sua zona litoral vai desde a Lagoa de Cima à entrada para a Maré, e todo este trajecto tem de ser recuperado e modernizado, antes do passeio Castelo-Casas dos botes. Não é só a área do antigo campo de futebol que carece de recuperação, é toda aquela faixa, virada para o mar, onde se pode fazer uma avenida litoral, junto à muralha, naturalmente, com piso de cimento, zona pedonal, esplanadas...mas ao longo de toda a faixa atrás citada e não só no antigo campo de futebol.

É claro que falar da recuperação deste amplo espaço, significa integrar, com desassombro e sem receios, o aproveitamento da zona balnear da Maré. Não se pode continuar a construir e remodelar zonas balneares - e bem! - noutras freguesias e deixar para o fim, com receio não se sabe de quê e de quem, a zona balnear da Maré, com condições naturais ímpares. Todavia, antigas gestões autárquicas - bem intencionadas, não o contesto! - quase a descaracterizaram efectuando obras mal concebidas e arquitectadas, cobrindo de cimento, sem o mínimo cuidado ambiental, a textura dos rochedos.

As Lajes dispõem, a partir de agora, de outras condições. Saibamos aproveitá-las.

Ganhará o concelho e a Ilha.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

É legal ou ilegal?

O final do ano está a chegar e, como tal, é tempo de balanço.
Para o cidadão comum que paga os seus impostos e tenta cumprir a lei, não há quem lhe valha quando prevarica ou porque o recurso à justiça é caro ou porque desconhece os seus direitos.
Tudo isto vem a propósito da inspecção efectuada à Câmara Municipal das Lajes do Pico, sobre a legalidade ou não da nomeação do Chefe de Gabinete da Presidente, que é seu consorte.
Soube-se que a Inspecção Regional averiguou, mas não se sabe se já emitiu parecer e se este é ou não favorável à decisão da autarca.
Importa que, caso haja uma conclusão, que a mesma seja divulgada, para que não se continue a levantar suspeições sobre quem exerce actividade pública.
Nesta matéria, vale mais a transparência, a legalidade e a verdade, que o encobrir situações que desabonam em prejuízo de uns e beneficiam outros.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Uma nova Escola nas Lajes fora da Vila? Nunca!

Governo abre concurso para projecto das novas instalações da EBS das Lajes do Pico

O Governo dos Açores abriu concurso para a concepção do projecto e aquisição de serviços técnicos destinados à construção das novas instalações da Escola Básica e Secundária (EBS) das Lajes do Pico.

Nos termos do procedimento lançado pela Secretaria Regional da Educação e Ciência, com um custo estimado de 280 mil euros, prevê-se a escolha de cinco soluções de concepção, ao nível o estudo prévio, devendo o Governo contratar com o subscritor ou subscritores de uma delas a aquisição de serviços para os projectos de especialidade e de execução do novo edifício escolar.

O prazo de recepção de projectos e dos pedidos de participação decorre até 31 de Janeiro de 2008. GaCS/AP

Esta notícia do GACS, levanta várias questões:

1. Por que motivo é que o Governo vai construir uma nova escola, quando o grupo de trabalho constituído por representantes da Câmara e do próprio Governo acordaram que construir uma nova escola fora da Vila era um erro?

2. Sabendo-se que a população escolar está a diminuir e que nova escola vai ser construída na Ponta a Ilha para o ensino básico (1º e 2º ciclos do básico, pelo menos), justifica-se nova construção?

3. Os exemplos de remodelação e ampliação das escolas Antero de Quental, Domingos Rebelo e Roberto Ivens de Ponta Delgada, as duas primeiras com mais de dois mil alunos, significa que háq dois pesos e duas medidas.

4. Sobrepôr medidas eleitoralistas desajustadas e impensadas que geram sempre o despesismo e a demagogia política, uando deveriam atender ao desenvolvimento dos povos e localidades, é um mau princípio.

5. Melhorar e beneficiar a actual escola SIM e é possível e necessário. Construir empreendimentos desgarrados e afastados das localidades e das pessoas NÃO.

6. Penso que o bom senso há-de imperar e que os projectos não passarão do papel, pois não aproveitam ao desenvolvimento das populações. E já agora , e se em vez de se construir a escola no Biscoito, se construísse ao cimo da ladeira da Vila, a caminho das Terras? Tirar a Escola da Vila é que NUNCA!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O "crime" de votar PS

Os Lajenses têm manifestado em muitos dos actos eleitorais para os orgãos dos poderes regional e nacional a sua preferência pelo Partido Socialista, ao contrário de outras localidades da Ilha, que, optam por outros partidos à direita do espectro político.
Esta opção tem de ter consequências, sob pena de os eleitores desacreditarem os políticos e as políticas da sua preferência. E ao longo destes últimos anos, os lajenses não viram nem sentiram as consequências da sua opção pelo PS.
Para além da orla marítima, velha aspiração satisfeita pelo executivo de C.César e pela encolhida construção do porto de recreio náutico, no interior da antiga e exígua Lagoa, fundamental para a actividade de whale-watching, nada mais se vislumbra que retire esta Vila da letargia em que se encontra.
No domínio da saúde, médicos, instalações e equipamentos não respondem à problemática da doença e nem há heliporto para nos levar à Horta ou mais além...
No domínio dos serviços e empresas públicas, as instalações foram levadas com o consentimento governativo para outras paragens e as que cá ainda estão, ou são exíguas - serviços da SRHE e SRA - e não dignificam a Região, nem valorizam a mais importante zona de produção agro-pecuária da ilha. O que ficou na Piedade, do retirado para a Madalena no tempo de Adolfo & Ferreira, até já dá para o ambiente, para serviços agrários e florestais, até que alguém se lembre de levá-los para outras latitudes fronteiriças...
No sector turístico, contam-se pelos dedos o número de camas e de unidades hoteleiras, enquanto os dois hotéis da Madalena se preparam para aumentar a capacidade para cerca de 500 camas. Do novo hotel nas Lajes, nem fala o plano do Governo para 2008 e do campo de golf, só intenções...
Timida e titubeantemente se fala da Escola B/S das Lajes, mas nem se anuncia qual o projecto de ampliação nem se afirma peremptoriamente que uma nova escola é para ir por diante.
De apoios ao comércio tradicional - o conhecido URBCOM - as Lajes não foi tida nem achada. Nem se discutiu publicamente o assunto, nem se incentivou publicamente os comerciantes a fazerem investimentos apoiados pelo Governo da República, ao contrário, por exemplo, de Sta Cruz da Graciosa que apresentou 5 projectos.
Nada! para as Lajes, nada! Nem um pequeno ou grande jardim, nem um complexo habitacional a custos controlados, como se faz noutras localidades rurais - não haveria interessados? certamente que sim! -, nem um campo de futebol sintético, nem um cais de passageiros...nada! Só " mar, um barco na distância, uma ganhôa pairando...a advinhar-lhe à prôa, Califórnias perdidas de abundância" (Pedro da Silveira)
Há muito que miradouros aguardam por pequenos arranjos que tornassem mais acolhedora a paisagem do sul; há espaços ambientais classificados por legislação regional e europeia, sem a necessária informação - uma placa identificadora, um pequeno prospecto, um roteiro pedestre, um guia de natureza, uma promoção, uma visita... NADA!
Tudo para o outro lado, tudo para quem votou na oposição, contra César, contra o Governo.
E para nós? NADA! ou tão pouco que dois lares de terceira idade e um centro de saúde onde os que aqui restam, darão lugar para morrer...
Será este o destino do povo do sul que maioritariamente votou no PS?
Acredito que não, espero bem que não!!!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

É tempo de acabar com paroquismos de fronteira

Neste fim de tarde amena de Outono, com uma das paisagens mais belas dos Açores, dou comigo a reflectir no futuro desta terra e desta gente que, por força do destino e da inoperância dos poderes públicos, se viram forçados a procurar melhores destinos para as suas vidas.
Os que aqui ficaram, resistiram ao abandono propositado ou não de governantes insensíveis
a gente de rija têmpera que lutou muito para que a sua terra fosse o que hoje é - um recanto da natureza, um espaço de sonho e de sonhos por vezes impossíveis de concretizar...
Os lajenses são assim: fortes e destemidos, corajosos e teimosos quando a razão lhes assiste.
Esperam, esperam sempre, porque sabem que a sua terra tem mais valias que os de fora reconhecem.
Quando se vislumbrará um futuro melhor e mais promissor para esta terra, primeira do Pico?
Já é tempo de nela apostar. Não o fazer é perder oportunidades que redundam em favor de todos os picoenses e açorianos.
É tempo de acabar com paroquismos de fronteira e abrir à ilha inteira a oportunidade do futuro.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

"A Vila que nos resta..."


..."recordando João Lacerda, lembro aqui o avô, João Pereira de Lacerda que, em meados do século XIX, construiu a casa que depois foi de Maricas do Tomé, por herança do pai, José Joaquim Machado, a qual se encontra em iminente derrocada. E é propriedade municipal! (...)

Há dois anos (em 2002) iniciaram-se as obras de recuperação do antigo "campo" de aproveitamento de baleias, no "Caneiro" à entrada da Lagoa, ou porto interior, mas estão por concluir os trabalhos e bem pouco falta...(...)

Já basta de tanto esperar! Sem intuitos de propaganda eleiçoeira, importa olhar com "amor" pela Vila das Lajes, a outrora Fidalga Vila das Lajes, a capital Baleeira, e prepará-la, como autêntica "sala de visitas do concelho" que é, para que se torne lugar aprazível, apetecível e atraente onde seja agadável estar."

Primavera de 2004


Ermelindo Ávila, Figuras § Factos, vol II pag.186

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Reflectir para Modernizar o Concelho



A três meses do final do ano, importa que os representantes e eleitos locais façam uma séria reflexão ou balanço sobre "o dito e o feito", os projectos consagrados em planos municipais e locais e as obras realizadas.


Não podemos continuar a viver apenas da nova piscina de Santa Cruz, desprotegida das maresias, da recuperação do Castelo ou da Fábrica da Baleia ainda de portas fechadas, aguardando a função para que foi reconstruída.


Reflectir sobre o que não foi feito e por quê (rede viária, instalações balneares, etc.), e integrar os futuros projectos na dinâmica que vai necessariamente gerar a protecção da orla costeira, associada ao porto de recreio.


É uma nova e moderna perspectiva que se abre às Lajes, ao sul e à Ilha, que tem de ser acompanhada de incentivos à fixação de pessoas e de atracção de novos investimentos. Como acontece noutros concelhos demograficamente idênticos ao nosso.


Reflectir para modernizar o concelho, é preciso! E todos são chamados a fazê-lo, sobretudo as entidades sociais, políticas e até religiosas. Que ninguém fique de fora pois o futuro deve ter a marca de todos os lajenses - residentes e ausentes.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A "independência" do Senhor Deputado

Acabei de ler no Jornal do Pico um artigo assinado por Lizuarte Machado, cidadão, comandante da marinha mercante e deputado eleito do PS pelo Pico.
Sendo que o escrito fala do transporte marítimo entre Pico e Faial - é maior o número de passageiros entre a Madalena e a Horta que no sentido inverso, - importa que tudo se faça para manter este tráfego dentro do razoável e das necessidades dos utentes, que vão ao Faial para o essencial e o acessório, sendo que o essencial e básico são os cuidados de saúde hospitalares e as viagens de avião... e o secundário ou acessório são as compras de bens e serviços que só em casos pontuais é que no Pico não há.
Mas o referido articulista que também é deputado eleito pelo Pico tem, a propósito da ligação aérea com Lisboa a seguinte afirmação: "enquanto o Pico, nesse tráfego, mantiver uma única e inútil (sublinhado meu) ligação semanal" (sic).
Com amigos destes, político responsável do grupo parlamentar do PS, não há piores inimigos...
Se não houvesse a única ligação a Lisboa, por certo, não se pretendia que outras existissem, Sr.Deputado, Comandante da marinha mercante. Quando todos reclamamos mais ligações teria sido preferível que Lizuarte Machado contivesse a sua aparente preferência em viajar pela Horta e respeitasse quantos pagam do seu bolso uma pesada taxa para viajar de avião pelo Faial.
Há pessoas de onde se espera maior contenção na liberdade de expressão e mais prudência nos seus juízos de valor, pois demonstram a sua discordância com o Governo que dizem apoiar. Até onde chega o seu grau de independência!?...

domingo, 16 de setembro de 2007

Entrevista de Sara Santos ao "Expresso das Nove"

"Há falta de confiança entre o Estado e o cidadão, afirma Sara Santos
A insularidade e a burocracia são dois obstáculos que os autarcas enfrentam. A gestão financeira é um desafio.
O que a motivou a ingressar na carreira política?Motivou-me a possibilidade de participar num projecto de desenvolvimento da minha terra; a terra onde decidi viver e trabalhar, que no meu caso é também a terra onde nasci. E gostava que nela houvesse qualidade de vida, boas infra-estruturas, bons equipamentos, uma boa vida cultural e social. Enfim, acreditei (e ainda acredito) que podíamos ser cidadãos como quaisquer outros cidadãos do País ou da Europa. Reconhecia que havia muito trabalho a fazer e entusiasmou-me a ideia de participar nesse processo.Quais os principais desafios e obstáculos que enfrentou ao longo desse percurso?Os desafios são muitos e permanentes. Não sei se podemos distinguir "os principais". Um grande desafio que é constante na actividade de um autarca é a gestão dos recursos financeiros. Temos sempre muitos objectivos para concretizar e as receitas nunca são suficientes. E não me refiro apenas àqueles objectivos de investimento em obras, no "betão", como agora se gosta muito de dizer. Refiro-me também às acções imateriais, aquelas que são de investimento nas pessoas, que são prioritárias e também têm custos, embora não se vejam, como também não se vêem muitas vezes os resultados a curto ou médio prazo. Obstáculos, muitos: a falta de qualificação dos meios humanos, a insularidade - porque a distância é espaço, mas também é tempo -, uma administração pública demasiado burocratizada e obsoleta, a falta de confiança mútua entre Estado e cidadãos, o individualismo.Acha que o papel da mulher na política é desvalorizado?Não. Não acho que seja desvalorizado. Penso que os cidadãos não deixam de reconhecer o trabalho de uma política, só porque ela é mulher. Se assim fosse não elegeriam mulheres. Acho é que as mulheres têm que superar mais obstáculos para desempenhar o seu papel. Vivemos numa sociedade conservadora, é um facto, onde muitas atitudes que são toleradas, e consentidas até, nos homens, são censuradas nas mulheres, e onde a demagogia ainda apela à intolerância face à diferença, em vez da sua inclusão.Apesar de haver cada vez mais mulheres na política, certo é que este ainda é "um mundo de homens". O que é possível fazer para inverter esta situação?Talvez haja cada vez mais mulheres na política, mas não acho que essa participação tenha aumentado muito nos últimos anos. Penso que houve um determinado momento em que houve essa preocupação, e foi útil, mas acho que depois se descansou dessa luta. A diferença é que antes esse mundo não era favorável às mulheres, estas tinham que forçar a sua integração num meio masculino e adverso. Agora se não estão lá é por opção própria e é isso que é importante perceber porquê.São as mulheres que impõem obstáculos a si próprias e por isso procuram carreiras em áreas mais estáveis?As mulheres não impõem obstáculos a si próprias, impõem objectivos. E esses objectivos são muitas vezes difíceis de concretizar, mas não deixam de lutar por eles. Penso que as mulheres são mais dinâmicas, ou menos, mais empreendedoras, ou menos, em qualquer carreira. Não considero que haja áreas mais estáveis. A estabilidade ou instabilidade de uma sociedade afecta todas: a cozinheira, a professora, a operária, a autarca...Que conselhos pode dar para quem quer conciliar o trabalho e a família e simultaneamente não perder as oportunidades de carreira?Fazer sempre o que se gosta de fazer. Uma oportunidade de carreira só é uma oportunidade se nos tornar melhores como pessoas e mais felizes - e quando é assim, a conciliação é possível. Conhecem-se muitos casos de mulheres e homens com carreiras de sucesso e que não deixam de dedicar atenção às suas famílias.Quais os seus projectos em termos do futuro político?Os meus projectos foram apresentados há dois anos ao eleitorado que me elegeu para estes quatro anos de mandato.Que balanço faz do seu mandato enquanto presidente de câmara?O balanço posso fazê-lo de uma forma muito objectiva que é listar o que está feito e o que falta fazer: seria uma lista extensa de obras feitas e objectivos já concretizados. Mas a mim preocupa-me mais o que ainda tenho para fazer e a sua concretização será o meu "cavalo de batalha" nos próximos dois anos.Quais as principais carências do concelho das Lajes do Pico?Não temos um tecido empresarial forte que invista e inove. A oferta de emprego é escassa. E são escassos também os recursos humanos qualificados.Qual o grande projecto deste mandato?A qualidade de vida. Fazer do meu concelho um local privilegiado na Região para se viver e trabalhar.Como caracteriza as relações entre o Governo Regional e a Câmara Municipal das Lajes do Pico?São as relações institucionais normais entre um Governo e uma Autarquia. Confesso que são mais cordiais com alguns departamentos do que com outros e que há áreas onde gostaríamos de poder contar com mais alguma colaboração. Queremos sempre mais e melhor, é a nossa natural aspiração. Como autarca estou sempre disponível para colaborar em tudo o que de bom for feito pelo desenvolvimento do meu concelho.
Turismo potencia concelho
Que projectos tem a autarquia para dinamizar o concelho?O programa que apresentei ao eleitorado em 2005 era um ambicioso projecto de renovação do concelho em todos os níveis. Tinha como principal objectivo iniciar um desenvolvimento global, sustentado e duradouro. Para isso, elegemos o triângulo lazer-cultura-ciência como motor de uma estratégia de turismo, o principal elemento de desenvolvimento económico. Em torno disto, definimos todas as estratégias parciais. Para tal, considerámos ser tão importante ter uma unidade hoteleira ou um centro cultural, como reconstruir estradas e caminhos, recuperar zonas balneares e de lazer ou qualificar os estabelecimentos de ensino. Estamos a fazer tudo isso e muito mais a um bom ritmo. Neste pequeno período de tempo, iniciámos uma componente de turismo como a recuperação do Forte de Santa Catarina; na ligação património-cultura-ciência, concretizámos a recuperação da antiga fábrica da baleia SIBIL para instalação do Centro de Artes e de Ciências do Mar; lançámos uma empreitada de quase 1 milhão de euros para recuperação da rede viária municipal; estamos a requalificar toda a rede de estabelecimentos de ensino; no campo do lazer, recreio e desporto, destaco a concretização do primeiro campo de jogos, com relvado sintético e bancada, a piscina municipal e o apoio generalizado às muitas associações do concelho. Somos o município da Região com as maiores apostas em termos de cultura de referência. Portanto, o que desejo continuar a fazer para dinamizar o desenvolvimento económico e social do concelho é isto: solidificar o que está feito e continuar a trabalhar para deixar raízes de desenvolvimento. Para estes pouco mais de dois anos que restam, contudo, gostaria de ver concretizados mais projectos privados.
PerfilSara Maria Alves da Rosa Santos nasceu nas Lajes do Pico, em 1963. De formação técnica - trabalhou quase 20 anos na banca - dá, contudo, uma particular atenção ao desenvolvimento cultural e à promoção da educação. Exerceu funções como presidente de câmara substituta entre Janeiro de 2004 e Setembro de 2005. Foi eleita, em Outubro de 2005, para o cargo de presidente da autarquia das Lajes do Pico. Sara Santos assume-se como uma presidente de câmara de uma novíssima geração: não se reconhece na prática enquistada da velha política portuguesa nem naqueles que exercem os cargos públicos como gestores desinteressados. Na sua prática, integra os bons princípios de missão e de ética social dos mais velhos e os conhecimentos técnicos das novas gerações, qualidades a que depois junta o profundo conhecimento da sua terra e a sua capacidade de concepção e concretização de projectos em prol da comunidade.
ISABEL ALVES COELHO" in semanário "Expresso das Nove"

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A Muralha de defesa fica ou não ligada a terra?

Está em fase de conclusão o projecto de construção da muralha de defesa das Lajes. A cabeça do molhe está feita (será que a ponta vai ficar com um farol? achamos que sim, que é necessário), e o resto dos trabalhos prosseguem. Já não é sem tempo pois o prazo estipulado há muito foi ultrapassado.


Os lajenses, interrogam-se se o acesso à construção do molhe vai ou não ser destruído. Se sim, contestamos, porque está provado pelas últimas maresias que ele impediu galgamentos de mar junto à entrada do caneiro. O governo e a SRAP (Secretaria do ambiente) dona da obra, devem rever a sua decisão. Aliás a Sra secretária, ficou de dar uma resposta a esta questão em tempos passados, mas ainda não chegou.


Os lajenses, têm de se unir, para reivindicar a continuação do acesso, tal como está e com mais segurança.


Se isso não suceder, o mar provará que temos razão, mas a solução demorará mais alguns anos, pois nada poderemos esperar do deputado do PS natural da Piedade. Por ele nada aqui teria sido feito.


Lajenses, esta é a hora de não nos deixarmos enganar com explicações que se prova não terem fundamento. A muralha é um benefício, mas o acesso também, para impedir investidas do mar e enchentes. Nós que aqui vivemos, constatámos isso e não abdicaremos desse intento, doa a quem doer. Aqui estaremos abertos à sua defesa e não permitiremos que se cozinhem outras soluções nas nossas costas. Afinal esperámos e sofremos centenas de anos!!!

domingo, 26 de agosto de 2007

Domingo de Lurdes

Hoje é o grande dia da Festa de Nossa Senhora de Lurdes nas Lajes do Pico.
As celebrações litúrgicas de homenagem à Padroeira dos Baleeiros, tiveram início quinta-feira da passada semana com o novenário, parcialmente presidido pelo Bispo dos Açores, D.António Sousa Braga, que hoje também presidirá às as celebrações eucarísticas e procissão, cujo momento mais simbólico é o sermão da Pesqueira, seguido do abraçar da linha que outrora prendia as baleias capturtadas aos botes baleeiros, ao andor da Senhora.
Hoje é dia de Festa, aqui e lá longe, onde se encontra um lajense, que estes momentos festivos não esquece.
A Festa de Lurdes, que acontece nesta Vila há quase 125 anos, deu origem à Semana dos Baleeiros, na década de 80 do século passado. Oxalá os lajenses preservem as duas celebrações mais harmoniosamente, pois sou a Virgem de Lurdes dá sentido e consistência às outras festividades.

Regatas da nossa alegria




As regatas de botes baleeiros à vela ou a remos são um espectáculo único no Pico. Centenas e centenas de pessoas, sem falar nos participantes - 7 por canoa mais as lanchas, fazem desta velha competição um dos mais populares espectáculos picoenses. Foi assim ontem, sábado e a passada semana.


Ao longo do campeonato regional em que participaram cerca de 30 canoas e cerca de mil atletas, as regatas chamaram a atenção dos que há uns anos atrás viviam a actividade baleeira como o ganha pão e o sustento de centenas e centenas de famílias em todas as Ilhas.


Pena é que nem São Miguel nem Santa Maria saboreiem ainda o entusiasmo deste grande espectáculo a remos e à vela de uma das mais elegantes embarcações do mundo.


Refira-se a propósito que um bote do Clube Náutico das Lajes do Pico venceu as regatas regionais a remos (masculinos e femininos) e que o Clube Naval da Horta conquistou a galardão na categoria de vela.

terça-feira, 31 de julho de 2007

3 bons exemplos

As Lajes tem uma nova instituição de crédito - o Crédito Agrícola. Fica instalada na Rua de São Francisco e junta-se ao BCA, CGD e MG.


Trata-se do reconhecimento de que o nosso concelho é o que maior produção agricola e pecuária tem na Ilha, para além de possuir também o maior parque industrial de lacticínios do Pico.


Importante é também o início das obras de ampliação do Museu dos Baleeiros.

A juntar à recuperação da antiga Fábrica da Baleia da SIBIL, estas duas infraestruturas são um factor determinante na divulgação da nossa história baleeira e nas potencialidades que o mar oferece a quem nos visita.
Três bons exemplos que gostosamente assinalamos e damos a conhecer aos lajenses de longe.



quinta-feira, 19 de julho de 2007

Porto de recreio: o que pretendemos saber


Começou, no interior da lagoa, a construção do porto de recreio náutico das Lajes do Pico.

Trata-se de uma obra cuja importância está também ligada ao whale-watching, actividade que deu nesta Vila os primeiros passos e que pode e deve enveredar por outros segmentos de negócio em terra e no mar.

Para além dos tiros imprescindíveis ao desaçoriamento da Lagoa, pouco se conhece do projecto.

Qual a sua configuração no espaço da lagoa? onde ficam os acessos às embarcações? quantas amarrações e embarcações comporta? Quais as profundidades do porto? Há ou não serviço de abastecimento de combustíveis, água e electricidade? Qual o preço e prazo das obras?

Seria do máximo interesse que a entidade adjudicatária, a Junta Autónoma, afixasse em lugar bem visível, um out-door com a imagem do projecto e dados informativos sobre estas questões, como determinam orientações do governo.

Os cidadãos têm o direito de estar informados e a administração pública tem o dever constitucional de o fazer. Aguardamos.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Os sítios do Clube Náutico e da Rádio Montanha

1.- O Clube Náutico das Lajes do Pico ( http://www.cnlajesdopico.org/ ) está a desenvolver um trabalho a todos os títulos meritório e muito empenhado quer na preservação do património baleeiro quer no incentivo aos desportos náuticos junto das camadas infantís e juvenís.
Fundado em 1978, desde então tem-se dedicado à " aprendizagem da vela ligeira nas classes Vouga e Lusitos, e posteriormente das classes Optimist e Vaurien. A vela, a pesca desportiva, e mais tarde a canoagem e o mergulho, constituíram as actividades a que o Clube se dedicou desde a sua fundação. E foi destas actividades, sobretudo da vela, que saíram muitos dos elementos que hoje constituem as tripulações dos botes baleeiros (5 botes e duas lanchas a motor Rosa Maria e Cigana) .O site do Clube Náutico, cujo endereço acima se refere, constitui um óptimo, actualizado, bem elaborado e prestigiante meio de divulgação do quanto continua a realizar esta instituição desportiva lajense, fruto do empenho dos seus dirigentes, em favor das Lajes do Pico.
Por isso merece todo o nosso apoio o projecto de remodelação da sede da instituição, nas "casas dos botes", concebido pelo grande arquitecto lajense, Miguel Machado, neto de baleeiros. Vale a pena visitar o http://www.cnlajesdopico.org/ , apreciar o album fotográfico das actividades náuticas e apreciar quanto o voluntariado pode fazer e faz a bem da nossa terra. Que seja lição para organismos públicos que, dispondo também de Tecnologias da Informação e Comunicação não actualizam os sites nem lhes dão a importância que eles de facto têm nesta sociedade globalizada.


2.- Gostaria, igualmente, de mencionar e relevar a abertura do site da Rádio Montanha http://radiomontanha.pt.to/ , outra voz das Lajes a entrar no coração dos lajenses, onde quer que se encontrem.
Em novas instalações, a RM tem desenvolvido ao longo destes anos acção meritória em defesa do concelho e da promoção das suas gentes.
A quantos fazem, diariamente, a emissão e programação da RM um bem haja pela dedicação a uma causa que tem na liberdade de expressão e informação, na atenção constante aos problemas das pessoas e na promoção cultural dos ouvintes o principal objectivo da rádio.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Festa de São Pedro



Mais uma festa de S. Pedro está à porta. São dois dias de festa, o último dos quais, dia 29, feriado municipal.


A primeira Igreja da Ilha, certamente não o templo primitivo, acolhe desde sempre o primeiro Papa, que também deu o nome ao primeiro pároco do Pico, Frei Pedro Gigante.


O Império de São Pedro, com a distribuição de rosquilhas, é uma tradição já do século 20. O arraial efectuava-se no meio da vila, junto a uma capelinha de madeira, armada primeiro para a festa de Sto António, onde as imagens permaneciam nos seus andores, até ao final do arraial.


Muitos anos mais é que se inicia o jantar aos irmãos que perdura, no salão da Filarmónica .


Este ano a comissão é constituida por jovens dinâmicas que elaboraram um programa com início no dia 28. Está programado um espectáculo musical com músicos e intérpretes locais, folclore e bailes de chamarritas.


No dia 29, as celebrações litúrgicas têm lugar às 12h00 na Ermida de São Pedro, seguindo-se o cortejo da rainha em direcção à filarmónica onde, às 13h30, é servido o jantar aos irmãos.


À tarde, após a tradicional procissão de recolha dos açafates, pelas ruas da Vila, serão distribuidas rosquilhas em ambiente de festa animada pelas filarmónicas das Lajes e das Sete Cidades-Madalena.


Estas festividades tradicionais de raiz popular, constituem momentos muito importantes para revelar aos visitantes as nossas tradições e cultura.


Não nos esqueçamos de que eles levarão gravadas para os seus países de origem, imagens do nosso modo de vida.

sábado, 23 de junho de 2007

Feira quinhentista foi um sucesso

A feira quinhentista, promovida ontem à noite pela EB/S das Lajes do Pico foi um sucesso, apesar de o tempo chuvoso não ter proporcionado um maior serão e convívio entre os personagens e o público.


A iniciativa, que contou com o apoio de várias empresas, instituições locais e dos encarregados de educação, demonstrou a todos o trabalho que a EB/S desenvolve na preparação e formação académica e cultural dos alunos, fruto do empenho de professores, alunos e pais.

O rigor da indumentária da época, o pormenor dos alimentos quinhentistas, a fala dos figurantes...tudo abona o bom trabalho desenvolvido pelos docentes e alunos, neste final de ano lectivo.

Dias antes tinha-se assistido, no Auditório Municipal, a um belíssimo espectáculo dos alunos de piano.

Esperamos que a iniciativa se repita na Semana dos Baleeiros. Tem qualidade, os figurantes/alunos já estão ensaiados e, certamente, os visitantes apreciarão o que por aqui se faz.

Valorizarmos o que é nosso nos momentos festivos é uma obrigação dos responsáveis, e esta feira quinhentista preenche, agradável e dignamente, uma noite da semana da festa maior.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

A câmara das Lajes do Pico

Não falo da Câmara Municipal, desta feita, mas da web-cam colocada na antena da Rádio Montanha, integrada no projecto Climaat do Interrreg 3-B. Não é a primeira vez que falham as web-cam. Já aconteceu o mesmo com as Lajes das Flores, com os Biscoitos da Terceira e com Velas. Sempre a periferia a sofrer pelo afastamento dos centros de investigação que se centram nas ilhas ex-capitais de distrito. Como se pretende investigar sem recolha contínua de dados? e como se justifica esta permanente imagem fixa de um dia de nevoeiro já passado? Para além de dar uma má imagem das Lajes do Pico, diferente da deste dia de verão que tardou, mas chegou!
PS: recuso-me a mostrar a imagem do climaat porque não é real, é fictícia. Mudem para outra. Eu ofereço.

domingo, 17 de junho de 2007

Vamos aproveitar o muito que temos!

As valências e potencialidades que as Lajes e o concelho têm para o turismo não estão a ser convenientemente exploradas e aproveitadas.

O turismo de natureza, que constitui o nosso maior e mais rico cartaz, apresenta, entre nós, aspectos muito variados a saber: observação de cetáceos, Museu dos Baleeiros, regatas de canoas baleeiras, vigia da baleia, fábrica da baleia, casas dos botes, antigos baleeiros, percursos pedestres, contacto com o património natural, recursos marinhos, flora endémica, património mundial da paisagem da vinha (Ponta da Ilha), zona protegida do juncal (Lajes), artesanato em osso de baleia, de miniaturas de botes baleeiros, de rendas, de mini-utensílios em madeira de cedro, património arquitectónico, musical e literário (toda a obra do escritor Dias de Melo), coroações e festas do Divino Espírito Santo, etc... é um vasto manancial que importa dar a conhecer e valorizar.

Como exemplo do que acabo de dizer, basta referir que a zona do juncal, considerada pelos biólogos de grande interesse científico e patrimonial, não tem uma única placa identificativa, ninguém lá vai explicar o que ali está e porquê, não postais da zona, nem das casas dos botes, ou das canoas baleeiras, das festas do Espírito Santo, ou da cerimónia da pesqueira no domingo de Lurdes, das regatas, dos antigos e ainda vivos baleeiros, do artesanato... É uma grande valor turístico que não se "vende" porque não há um DVD, um CD, um livro, ou fotos que os visitantes sempre compram, nem existem, localmente, guias que acompanhem os turistas na sua permanência nesta Vila. Se juntarmos a tudo isto a construção de um porto de recreio de apoio ao whale-watching, o futuro Centro do Mar... quanto partido poderíamos tirar de tudo isto!...

Estamos a perder oportunidade de criar serviços - o turismo é uma indústria de serviços! - de afirmar o nosso destino como uma marca singular e típica, única nos Açores e na Europa.

A quem cabe desenvolver o aproveitamento destas potencialidades? A todos, especialmente aos empresários, aos poderes públicos, aos fazedores de opinião, a todos quantos amam a nossa terra, numa dinâmica de parcerias e de co-responsabilidade que importa criar, quanto antes, pois hoje já é tarde para o que deveria ter sido feito.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Universidade dos Açores coopera com Centro do Mar


A Presidente da Câmara das Lajes do Pico assina hoje um protocolo com a Universidade dos Açores tendo em vista o envolvimento da UA no Centro do Mar a funcionar na antiga Fábrica da Baleia da SIBIL, nos domínios científico, cultural e pedagógico.

Segundo se informa no sítio do Município as obras de recuperação da antiga fábrica SIBIL estão quase prontas e ultimam-se os conteúdos do Centro, tudo apontando para que a sua Primeira Fase esteja concluída até ao final de Agosto deste ano.

É mais uma valência importante a reforçar a vertente da história baleeira da nossa terra e do concelho, também ele virado, de São João à Piedade, a este actividade.

sábado, 9 de junho de 2007

Residencial Bela Vista

O empresário lajense Camilo Costa acaba de abrir na Rua Nova e após profunda remodelação a Residencial Bela Vista.
Esta unidade hoteleira (antiga residencial Açor, construída por Dionísio B.Pereira, empresário já falecido e muito preocupado com o desenvolvimento das Lajes), vem colmatar uma grande e grave lacuna - a falta de alojamentos e de camas nesta Vila.
Se bem que urbanística e arquitectonicamente falando, construir uma unidade hoteleira de grandes dimensões dentro das Lajes é um erro, o certo é que há locais nas imediações, por exemplo na saída leste em direcção às Terras, onde um bem enquadrado empreendimento hoteleiro, tal como admite o POTRAA, seria bemvindo.
Oxalá Camilo Costa tenha o sucesso que merece neste novo empreendimento, a premiar todo o seu dinamismo.

sábado, 2 de junho de 2007

Democracia cultural

"Ninguém é dono nem da palavra e muito menos da sabedoria. Não se pode pensar como se fizesse parte de uma colcha de retalhos com inúmeros pedacinhos coloridos, cada um de uma textura e tamanho. Nada disso. O desafio é fazer uma grande renda tecida no entrelaçar de fios livres, com tolerância, respeito e amor. Agora é a vez da identidade aberta, inclusiva, da universalidade cultural tão almejada. O conhecimento é socializado, a mudança cultural é irreversível e a cada momento paradigmas são estabelecidos numa constante interacção entre o homem e o meio. O mundo mudou, nós mudámos.
Neste contexto, uma nova perspectiva cultural se impõe – a democracia cultural onde todos são portadores e fazedores de cultura. Uma cultura que fortaleça a liberdade individual e colectiva, consolidada pela vivência plena da cidadania."

Lélia Nunes
Carta para Vamberto Freitas, in Maré Cheia – Jornal Portuguese Tribune

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Reconhecimento autonómico ao mérito

O Professor Doutor José Enes Pereira Cardoso e o Eng. Germano Domingos vão ser homenageados com as Insígnias autonómicas de reconhecimento, segunda-feira durante as comemorações do dia da Região que decorre em São Roque do Pico.
José Enes, nasceu na Silveira-Lajes do Pico e doutorou-se em Filosofia, em Roma. Foi Professor do Seminário de Angra, organizador das Semanas de Estudo dos Açores promovidas pelo IAC (Instituto Açoriano de Cultura) e Professor de Filosofia da Universidade Católica, em Lisboa. Foi ainda Professor da Universidade de Luanda e da Covilhã e primeiro Reitor da Universidade dos Açores. A sua carreira académica prosseguiu depois na capital portuguesa.
José Enes é poeta de reconhecido mérito. Da sua autoria é, entre outros, o poema Montanha do Meu destino que o Grupo Coral das Lajes do Pico interpreta com música de Emílio Porto.
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O Eng. Germano Domingos foi eleito deputado pelo PPD à Assembleia da República em 1976, cargo que ocupou mais tarde, por várias vezes. Exerceu também funções governativas no primeiro Governo Regional como Secretário da Agricultura e Pescas e como Secretário do Equipamento Social. A ele se fica a dever o prolongamento da Av. Marginal de Ponta Delgada, a Marina e as Piscinas anexas.
O Eng. Germano Domingos é um apaixonado pela sua terra que visita, anualmente, em Agosto, durante a Festa de Lurdes - Semana dos baleeiros.
PS: Não publicamos foto do Eng. Germano por não dispormos dela, o que lamentamos.

sábado, 19 de maio de 2007

Melanie venceu festival Baleia de Marfim

Melanie Almeida, interpretando O Sonho da Lagarta, venceu a 9ª edição do festival Baleia de Marfim que decorreu esta noite nas Lajes do Pico. A canção vencedora tem letra e música de Cinira Baptista de Azevedo e Orquestração de Bárbara Azevedo. A intérprete de nove anos, arrecadou também o prémio de melhor música, melhor letra e melhor orquestração.
Bianca Moniz de 6 anos, conquistou o segundo lugar com Bolinhas de Sabão, um trabalho com Letra e Música de António Bettencourt.
Em terceiro lugar classificou-se Janete Lima de 11 anos, com Corre Corre, letra e música de Sérgio Paixão.O Festival Baleia de Marfim realizou-se no Salão da Ribeira do Meio que, como habitualmente, se encheu para aplaudir os artistas de palmo e meio.



sexta-feira, 18 de maio de 2007

IX Festival da Canção Infantil BALEIA DE MARFIM


O IX Festival da canção infantil BALEIA DE MARFIM ocorre esta noite no Salão da Ribeira do Meio e constitui um certame musical de grande relevância não só no nosso meio mas também à dimensão do arquipélago, pela qualidade das composições concorrentes e pela oportunidade que dá aos pequenos intérpretes de revelarem as suas aptidões musicais.

Canções concorrentes :

Este Barco Intérprete: Ana Catarina Pereira, 8 anos Letra e Música: Sérgio Paixão

A minha gatinha Intérprete: Ana Costa, 6 anos Letra: Conceição Maciel Música: Manuel Emílio Porto

Bolinhas de Sabão Intérprete: Bianca Moniz, 6 anos Letra e Música: António Bettencourt

Canção do Verão Intérprete: Érica Dinis Jorge, 10 anos Letra e Música: Sérgio Paixão

Flor Menina Intérprete: Filipa Medeiros, 6 anos Letra: Conceição Maciel Música: Manuel Emílio Porto

Aldeia Global Intérprete: Inês Brum, 11 anos Letra e Música: Sérgio Paixão

Corre Corre Intérprete: Janete Lima, 11 anos Letra e Música: Sérgio Paixão

Conheço um Menino Intérprete: Mariana Madruga, 7 anos Letra e Música: Sérgio Paixão

O Sonho da Lagarta Intérprete: Melanie Almeida, 9 anos Letra e Música: Cinira Baptista de Azevedo Orquestração: Bárbara Azevedo

O País do Sonho Interprete: Tatiana Vital, 9 anos Letra: Conceição Maciel Música: M. Emílio Porto

A minha Ilha Intérprete: Verónica Maciel, 7 anos Letra: Lara Andrade Música: Helder Bettencourt

Apresentadora: Maria de Deus Costa

Animação: Companhia O Chapitô

Direcção Musical: Maestro Floriberto Ferreira

Direcção de Coro: Sandra Catarina Ferreira Músicos: António Silveira, Fernando Cardoso, Hugo Cardoso, João Azevedo, Júlio Carias, Hildeberto Peixoto.
Iniciativa da Associação cultural TERRA BALEEIRA e apoio da Câmara Municipal das Lajes do Pico.

domingo, 13 de maio de 2007

As ruas da Vila

As localidades reconhecem-se e afirmam-se pelas suas gentes, pela sua história, pela sua economia, pelo comércio, pelas suas instituições, pela sua arquitectura. Tudo isto transparece no parque habitacional e na sua fisionomia arquitectónica. Dizem os técnicos que a malha urbana da mais antiga vila picoense, tem exemplares muito interessantes, com torres, típicas das construções de vilas e cidades baleeiras da Costa Leste dos EUA. Na Rua Direita encontram-se vários desses belos edicícios, alguns a necessitarem de recuperação.
No Largo da Matriz, outrora centro da Vila, a recuperação de alguns imóveis, é um bom exemplo da qualidade arquitectónica que as Lajes mantem.
No roteiro da Vila, a Rua Direita é um bom exemplo que deve ser apresentado aos nossos visitantes como motivo de interesse histórico e cultural do meio.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Distinção para o Lepratecoma


Este blog foi, simpaticamente, nomeado pelo nosso conterrâneo Castelete Sempre, um dos cinco "thinking blogger AWARD".

É uma distinção que muito apreciamos.

Como mandam as regras, nomeamos os nossos diariamente mais lidos:

http://fogotabrase.blogspot.com, pela ousadia em denunciar situações por vezes controversas;

http://casteletesempre.blogspot.com, por, persistentemente, pensar a nossa terra do Pico com a tormenta da saudade;

http://sociedadeanonimasgps.blogspot.com, pelas reflexões incisivas do picaroto Rui Goulart;

http://clubzoom.blogspot.com, pela qualidade de algumas fotos;

http://activismodesofa.blogspot.com, porque não se deixa amedrontar por criticar os sistemas económico e político vigentes.

Há tanta qualidade na blogosfera que este meio de comunicação começa a afrontar os poderes instituídos, que terão de tê-los em conta na formação da opinião pública.

sábado, 5 de maio de 2007

Ei-los que chegam, os nossos conterrâneos!

Quantos partiram desta ilha porque se acharam impotentes e abandonados à sua sorte, sem alento para os seus braços, nem sustento para os seus. Foram milhares e milhares. Deixaram a ilha exangue e triste, contemplando, em silêncio, o exílio forçado...

Lá longe, com a terra em mente e o coração arrochado pelas saudades, não se desviaram dos ditames tradicionais nem desprezaram os seus. Enviaram roupas e roupas, vestiram a família pelas festas, mandaram dólares em notas e cheques, mercaram a carne para as refeições das festas maiores, adquiriram terras e casas e, quais silenciosos e solidários mecenas, ajudaram tantos a singrarem na vida.
De anos a anos vêm por aí abaixo, malas carregadas com os odores da abundância das terras da América. Trazem camisas e gravatas novas, navalhas e calças de angrim, vestidos e sapatos, brindam amogos e conhecidos com cerveja e vinho e enchem as casas de tal abundância que aqui nunca conheceram. Cumprem promessas ao Senhor Espírito Santo, ao Senhor Bom Jesus, à Sra de Lurdes, ao orago do lugar, dão jantares, arrematam bolos e meninos de massa sovada, encomendam sermões e missas por alma dos seus...

São os filhos desta terra - emigrantes por necessidade, cidadãos americanos e canadianos de pleno direito e convicção, sem nunca abdicarem da sua portugalidade.

Chegam carregados de espectativas e lembranças mas quando partem carregam ainda mais saudades e nos que ficam renasce-lhes a ânsia constante de partir pela tristeza de ficarem sós.

São assim os ilhéus. O seu horizonte é o longe/perto de outros mundos de sonho de que tanto ouvimos contar.

Eles aí estão - os nossos conterrâneos emigrantes - e outros mais ainda virão. Acolhamo-nos porque esta também é a sua casa, a sua rua, o seu lugar, a sua igreja e só com todos eles somos maiores no sonho e na esperança.

domingo, 22 de abril de 2007

Uma Maré de potencialidades

Esta Maré, é um mar de potencialidades ainda não desenvolvidas. Noutra localidade, esta piscina natural teria já sido objecto de aproveitamento desportivo/lúdico, dada a sua reduzida profundidade e a natural apetência para ser viveiro de espécies.

Este espelho de água que reflecte o Castelete, merece também que as entidades responsáveis assinalem, num PENEDO que por aqui entraram os primeiros povoadores que se chamaram picoenses/picarotos.

domingo, 15 de abril de 2007

Veja as Lajes em tempo real

O projecto Climaat, promovido pela Universidade dos Açores, com o apoio de outras instituições e universidades das Canárias e da Madeira, pretende estudar o tempo atmosférico nos três arquipélagos. Conta para o efeito com apoios da União europeia.

O mais interessante e importante é que permite que tenhamos acesso, em tempo real a imagens de várias ilhas, nomeadamente: Lajes do Pico e Montanha do Pico, Faial (Horta e Pico), São Jorge (Velas e Pico), Sta Cruz da Graciosa, Angra do Heroísmo e Biscoitos - Terceira e Lajes das Flores.


Este domingo de manhã, a webcam dáva-nos esta espantosa imagem do Pico com neve:

Recomende este site aos seus amigos e familiares http://www.climaat.angra.uac.pt/WebCams/index.htm e estará a promover e a divulgar a Nossa Terra, em tempo real.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

O ano das coroações das Terras

Este(a) domingo(a) começam as coroações do Espírito Santo nas Terras um pequeno lugar das Lajes do Pico, onde vive e trabalha gente que, na sua maior parte, tira da terra o principal sustento.
Pela ermida, dedicada a Sto Isidro, e pelo salão, construído ao longo de vários anos pelo povo do lugar ajudado pela comunidade de emigrantes ausente, vão passar milhares de pessoas, convidados dos mordomos para com estes celebrarem as bençãos e as gravas do Divino.
Aos emigrantes que às Terras se deslocam em romagem de saudade e aos mordomos das coroações, um bem hajam e que Deus os acompanhe sempre na sua fé inabalável que testemunha a crença de um povo em princípios eternos.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Boas Festas Pascais

Nesta quadra pascal em que os lajenses começam a receber os primeiros forasteiros, a mesa está posta com folar e ovos, manteiga e queijo do Pico, leite e vinho com fartura, à boa maneira antiga.

No ar exalam os perfumes das flores de incenso e das madressilvas; os cantos dos pássaros voam sobre a terra lavrada e o ar mareiro passa sobre o Lajido em horas de maré seca e traz-nos o cheiro das lapas e do polvo guizado.
Ouve-se, ao longe, os sinos da Igreja de São Francisco, chamando os fiéis para as endoenças, em
missão dirigida pelos frades capuchinhos. Vem ali chegando a filarmónica para a procissão da ressurreição. É tempo de Aleluias, de celebrar com amêndoas doces a Vitória sobre a morte. Lancemos o pião, provemos a massa sovada, a carne assada pois a Quaresma já passou e as festas e folias recomeçam dentro de dias, promovidas pelos mordomos do Espírito Santo.

Boas Festas especialmente para os lajenses ausentes!

segunda-feira, 2 de abril de 2007

"Seja bem-vindo quem vier por bem" (Zeca Afonso)

A época alta do turismo começa em Abril. Inicia-se também nas Lajes a actividade do whale-watching que constitui um a base de sustentação económica desta avoenga vila picoense.
Que todos quantos nos visitam e que, certamente, levarão plasmadas na memória as imagens deste recanto inesquecível do sul do Pico, repartam conosco a cultura e a amizade que este pequeno mundo das ilhas costuma celebrar em torno de uma mesa farta, com caldo de peixe, batatas cozidas a fumegar e vinho de cheiro, mais uma fatia de massa sovada, um bocado de queijo e um cálice de aguardente.

Com estes pitéus, é impossível esquecer as Lajes, o Castelete e a Montanha, sempre a espreitar quem chega e a alimentar sonhos de amor pela terra-mãe, cuja beleza é irresistível.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Lavadeiras de outrora

Quem, na Ribeira do Meio, desce a Rua do Poço depara-se em frente com o Castelete, as Lajes e as muralhas e vigias do recuperado Castelo de Sta Catarina. Ao fundo da Rua, nos lavatórios públicos, ainda se ouvem as conversas das mulheres, lamentando-se da magra soldada da baleia e da ausência do marido na pesca da albacora, falando da saca da América recheada de roupinhas para as crianças vestirem pela festa e bisbilhotando os mexericos da rua. O poço ainda aqui está vivo, aguardando um visitante curioso que o espreite em busca de água fresquinha da maré cheia.
Na volta do Castelo, o mar levou da Mouraria lamentos e cochichos de mulheres da Vila que atravessavam as pedras roliças na maré seca, com selhas à cabeça, para lavar os trapos de vidas difíceis.

Ecoam estórias de tantas famílias nos murmúrios das marés matinais, enquanto as gaivotas se lavam da escuridão da noite e dançam a chegada da primavera.






domingo, 25 de março de 2007

Mais obras em curso

A residencial Açor, adquirida pelo artesão e empresário do sector turístico Camilo Costa, está a sofrer obras de remodelação e ampliação, passado a ficar dotada com 31 quartos.
Saudamos a iniciativa que vem beneficiar em muito a Vila Baleeira.
A direcção da Filarmónica Liberdade Lajense, fundada em 14 de Fevereiro de 1864, está a efectuar obras de ampliação da sede, dotando-a de uma camarata para receber agremiações do género. Na antiga esplanada, está a ser construído um palco exterior com camarins subterrâneos.
Saudamos a dedicação da Direcção sobretudo de D.Fátima Oliveira, cujo entusiasmo e espírito de servir em prole desta agremiação, é justo relevar.

terça-feira, 20 de março de 2007

Para os lajenses ausentes

Este poste dirige-se sobretudo aos lajenses que estão no exterior, para que acompanhem as mudanças que se operam na sua terra e alimentem o desejo de voltar. Nós os que aqui vivemos temos estas imagens nos olhos todos os dias e não nos apercebemos de que algo está a mudar...para melhor.
Algo está a mudar nas Lajes do Pico.
A rampa de varagem melhorou mas precisa de ser iluminada.


O campo de futebol Municipal está em fase adiantada e o Lajense pode projectar e programar a próxima época. Tudo será diferente.

A recuperação do antigo edifício da Fábrica da baleia está praticamente pronta, embora falte preparar as instalações para as novas funções.

A muralha de defesa da Vila, está prestes a atingir os 400 metros.Depois seguir-se-ão as obras de construção do porto de recreio náutico no interior da lagoa.
Importa dizer, no entanto, que nem tudo está bem e há muitas coisas a melhorar.