sexta-feira, 23 de maio de 2008

Olhando a Montanha do Pico

Neste fim de tarde amena de Maio, com a Montanha a olhar o mar e o céu, protegendo a ilha dos corsários, um turbilhão de ideias e de interrogações me invade o pensamento.
Que futuro para a economia desta ilha que, timidamente, caminha em busca de melhores condições para fixar os seus jovens filhos?
Que fazer com tanta terra, tantos campos, tanta vegetação com que a natureza dotou esta Ilha?
Quando os picoenses eram 36 mil, os campos de milho abundavam, as ladeiras eram amanhadas, os pomares enchiam-se de flores e de frutos, as vinhas produziam verdelho e cheiro e saibéis e madeira e figueiras, e as vindimas eram uma festa de abundância que dava de beber ao ano inteiro.
As faias e os incensos, pois os castanheiros e os cedros também morreram, constituem hoje a grande floresta que já começa a invadir povoados, caminhos velhos e veredas.
Faltam braços, faltam sonhos, faltam projectos e falta esperança para revolver a terra, toda a Ilha, tão pródiga a produzir quase tudo.
Neste fim de tarde, com a Montanha ali de fronte, acredito, porém, que os que aqui vivem são capazes de mudar, de empreender, de projectar novas e rentáveis produções, para tornar a vida numa folga incessante de chamarritas.
Basta querer e crer pois "sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança".

7 comentários:

  1. Retórica, retórica...
    a oeste, nada de novo
    dedique-se à poesia

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  2. Para falar assim nao precisava de ter escrito nada. De gente falha de ideias como o comentarista anterior o Pico esta farto. Va ver ao menos se chove desse lado...

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  3. Ja alguem algum dia pensou num teleferico para unir a Vila ao Alto da Terra (Ladeiras da Vila) passando por todas as ladeiras?
    Apenas sugerimos sem qualquer intencao...

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  4. Se mail pessoas pensassem assim como tudo seria lindo. Mas afinal os subsidios acabaram com as incentivas para se fazer algo.

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  5. "Olhando a Montanha do Pico" e através dela... muito bem escrito.

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  6. Depois de ler o artigo que por sinal está bem escrito e é, sem duvida, uma realidade actual, e olhar para os "comentários", fico pensando que estas cabecinhas já não são de hoje.
    Já Cristo, cheio de pena, dizia:
    "Os pobres de espirito...
    e eles, ainda hoje continuam.

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