quinta-feira, 24 de abril de 2008

Há 34 anos renasceu a LIBERDADE

A Liberdade ressuscitou há 34 anos, numa manhã de Abril, quando muitos dormiam, sossegados sobre a ordem imposta por um poder discricionário e ditatorial.

Houve quem partiu para o outro lado do mar em busca de mais pão e desafogo e quando lá chegou, deparou-se com novos dinamismos de participação cívica que nunca havera visto nem conhecido.

Os que ficaram, passados alguns dias, bateram palmas e assumiram, não sem algumas convulsões, os seus direitos políticos, até então desconhecidos. Sentiram-se pessoas participantes e tomaram nas próprias mãos os destinos da sua terra.

Nem tudo foram cravos, nem tudo foram rosas, mas Abril trouxe uma visão diferente do mundo, gerou espectativas novas que não podem ser defraudadas, sob pena da descrença na liberdade, na justiça e sobretudo no Estado de Direito Democrático.

Ao longo destes anos, tem havido exemplos de que a autocracia (poder individual) se sobrepôs à democracia (poder do povo); há governantes de todas as latitudes que assumem os votos e as vitórias para fazerem o que bem entendem, invocando o cumprimento de discutíveis promessas eleitorais. Esquecem-se que tem o poder delegado, temporariamente, pelo povo e que não são donos das cadeiras e benesses do poder.

Neste 25 de Abril, impõe-se recordar as utopias de uma sociedade mais justa e fraterna, pois há ainda quem não entenda as consequências da democracia e da liberdade, na vida e no destino do nosso povo!