quarta-feira, 28 de maio de 2008

QUE DESTINO O NOSSO!...

Há uns anos houve quem criou o slogan: O triângulo é um espectáculo.
É verdade! Porque o eixo central das três ilhas: Pico, São Jorge e Faial, tem a Montanha como ponto fulcral da maravilhosa vista que se disfruta dos mais diversos ângulos.
A começar pelas Lajes, o espectáculo é digno de uma foto de capa de uma revista turística...
Das Velas, a Montanha irrompe sobre as núvens assinalando, como um farol, o horizonte próximo da ilha em frente. É, certamente, a melhor paisagem da Ilha de São Jorge.
Mais próxima do Pico, está o Faial. Que seria da pequena ilha, sem a paisagem da Montanha-barómetro, sem a abundância das suas vinhas e pomares, sem o movimento diário que anima a cidade da Horta? Que seria o Faial sem as "lanchas do Pico", sem os passageiros da outra banda, sem muitos e muitos picoenses que lá fixaram vidas desde o tempo da capital do ex-distrito?

À centralidade majestosa da Ilha Montanha, não tem correspondido a natural liderança dos maiores.
É por isso que o Triângulo, sendo embora um espectáculo rico em potencialidades, é um polígono desigual, distorcido no seu desenvolvimento e, tal como está, gerador de graves injustiças.
Afinal, quem tira maior partido da Montanha e do cenário espantoso que ela gera, são as ilhas em frente e, certamente, a mais pequena!

Que destino o nosso!...

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Olhando a Montanha do Pico

Neste fim de tarde amena de Maio, com a Montanha a olhar o mar e o céu, protegendo a ilha dos corsários, um turbilhão de ideias e de interrogações me invade o pensamento.
Que futuro para a economia desta ilha que, timidamente, caminha em busca de melhores condições para fixar os seus jovens filhos?
Que fazer com tanta terra, tantos campos, tanta vegetação com que a natureza dotou esta Ilha?
Quando os picoenses eram 36 mil, os campos de milho abundavam, as ladeiras eram amanhadas, os pomares enchiam-se de flores e de frutos, as vinhas produziam verdelho e cheiro e saibéis e madeira e figueiras, e as vindimas eram uma festa de abundância que dava de beber ao ano inteiro.
As faias e os incensos, pois os castanheiros e os cedros também morreram, constituem hoje a grande floresta que já começa a invadir povoados, caminhos velhos e veredas.
Faltam braços, faltam sonhos, faltam projectos e falta esperança para revolver a terra, toda a Ilha, tão pródiga a produzir quase tudo.
Neste fim de tarde, com a Montanha ali de fronte, acredito, porém, que os que aqui vivem são capazes de mudar, de empreender, de projectar novas e rentáveis produções, para tornar a vida numa folga incessante de chamarritas.
Basta querer e crer pois "sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança".

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Governo Regional não tem mão nem na SATA nem na TAP

A viagem TAP Lisboa-Pico-Terceira-Lisboa passou a ser ao sábado à tarde e os passageiros chegam à capital às 22 horas.
Trata-se de uma opção daquela companhia que tentou "conciliar os interesses da região, da ilha do Pico e os seus próprios interesses"-explicou a Directora Comercial daquela transportadora. E a Sra Paula Canada explicou que "metade da população da ilha pretendia o voôo à sexta e a outra metade ao sábado", mas o jornalista nada ripostou, nem perguntou quem efectuara o referido inquérito à população.
A Tap, mais uma vez, pretende dividir a população para reinar e, no caso vertente, a alegada e muito suspeita e duvidosa vontade popular só serviu os interesses daquela companhia.
Exige-se, agora, que o Governo regional se explique e diga se concorda ou não com este horário, pois as forças vivas empresariais, autárquicas e a própria população tem juízo e tino suficientes para saber que ir para Lisboa é mais vantajoso no sábado de manhã ou na sexta à tarde que no horário programado.
Por outro lado, e seguindo a política do dividir para reinar, e a estratégia dos esvaziamento do aeroporto do Pico, onde embarca também a SATA, é mais vantajoso e rápido para um picoense tomar o avião na Horta, do que demorar mais de 6 horas (o vôo parte do Pico às 17h20, faz escala na Terceira e chega a Lisboa às 22h05, se não houver atrasos) para chegar à capital.
Mais uma vez os picoenses são confrontados com o discricionarismo da TAP, com o conluio da SATA, que redunda num mau serviço público, pago por todos nós, com os nossos impostos.
Assim não. E que a SATA não esfregue as mãos de contente pois a sua condição de companhia regional deveria obrigá-la a prestar o serviço que o Governo Regional reclama da TAP. Para quê os vultuosos investimentos no aeroporto do Pico levados a cabo - ironia do destino!-por verbas atribuidas à transportadora regional SATA? Só resta agora definir publicamente os aeroportos de Ponta Delgada, Terceira e Faial, como as três placas giratórias dos Açores, na senda dos antigos três ex-distritos. Na prática eles nunca deixaram de existir!... e o resto é paisagem...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Primeira pedra do Novo Lar da Santa Casa

Foi lançada sexta-feira a primeira pedra do novo lar da Terceira Idade das Lajes do Pico, que ficará instalado na casa oferecida pelo benemérito Calvino Fonseca Santos à Santa Casa da Misericórdia das Lajes do Pico.




Ao acto presidiu o Secretátio Regional dos Assuntos Sociais, ladeado pela Presidente da Câmara, Directora Regional da Solidariedade Social, Provedor da Sta Casa e Presidente da Assembleia Geral.

O futuro Lar terá capacidade para receber 19 utentes e será dotado de todas as condições e infraestruturas indispensáveis ao bom desempenho daquela instituição particular de solidariedade social (IPSS).

A Santa Casa da Misericórdia das Lajes do Pico possui já um novo lar de Idosos na Piedade, até agora o único do concelho. Na Vila tem também um Jardim de Infância instalado na antiga casa da Guarda Fiscal.

O empreendimento cuja primeira pedra foi lançada há dias, foi comparticipado pelo orçamento da Segurança Social.


domingo, 11 de maio de 2008

Um grande salto em frente


Num dia destes, de Maio, a Montanha do Pico descobriu-se, totalmente e uma vez mais, foi pano de fundo à nova baía nascida com a muralha de defesa da Vila das Lajes, já concluída.







No interior da lagoa, prosseguem, entretanto, as obras de construção do porto de recreio. Terá capacidade para cerca de 80 embarcações e a sua fisionomia pode já ser apreciada, enquanto se conclui o pontão de atracagem junto ao muro do lado da terra e o terrapleno de ligação à Lagoa de Cima.



Nas Lajes, encontra-se encerrado, durante este mês o Museu, devido às obras de ampliação. Oxalá reabra em Junho para continuar a receber os milhares de visitantes que se deslocam às Lajes com esse objectivo, se bem que possam também visitar a recém recuperada Fábrica da Baleia.




segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Museu dos Baleeiros - factor de desenvolvimento



O Director do Museu do Pico, concedeu uma interessante entrevista ao semanário
Manuel Costa afirmou que "no ano passado recebemos 26.707 visitantes (17.815 nacionais e 8.892 estrangeiros). O encerramento do Museu da Indústria Baleeira, entre Abril e Outubro, fez baixar drasticamente os valores habituais que, nos últimos anos, ultrapassaram sempre os 40.000 visitantes anuais, chegando mesmo a rondar os 50.000. E aqui não são contabilizados os utentes que frequentam os nossos espaços no âmbito das actividades culturais e educativas promovidas pelo museu. O Museu do Pico, por aquilo que representa para o imaginário local e pelo poder de atracção que desperta junto dos públicos, assume-se como uma imagem de marca no panorama museal da Região e como um instrumento de desenvolvimento cultural e turístico da ilha do Pico."
Depreende-se, pois, que o Museu dos Baleeiros, nas Lajes, em fase de ampliação, constitui o Museu mais procurado do Pico e, provavelmente dos Açores.
Pena é que, à semelhança de outros Museus de renome mundial: Louvre, Vaticano e outros, não tenha ainda, na internet, a visibilidade que o seu espólio merece, proporcionando aos cibernautas visitas guiadas.
Fica o alvitre a quem de direito, para que não nos atrasemos demasiado das potencialidades das TIC.
E já agora, dado que o Museu terá novos espaços, convinha que um deles fosse disponibilizado para o acesso à net, ou então que proporcionasse um hotspots de acesso à rede Wi-Fi.
Seria um meio formidável de os milhares de visitantes que procuram a nossa terra, darem maior visibilidade às Lajes junto dos países e terras de origem.
Não haverá por aí quem dê o primeiro passo no desenvolvimento da oferta da sociedade da informação na Vila?


sábado, 3 de maio de 2008

Vôos Lisboa-Pico - há alterações!

Já estão publicadas no Jornal Oficial da União Europeia as novas obrigações de serviço público para as ligações aéreas entre os Açores e o Continente, que estabelecem tarifas promocionais para residentes e estudantes. “Esta tarifa promocional corresponderá a um desconto mínimo de 30 % sobre a tarifa de residente ou de estudante, não podendo ser inferior a 120 Euros”, pode-se ler no documento.

A tarifa promocional corresponde a “pelo menos 10 por cento dos lugares oferecidos por cada rota, em cada estação IATA, e para um número de lugares e valores, em cada voo, a definir pela transportadora, sem prejuízo de os lugares não reservados poderem ser absorvidos por outras classes tarifárias”. Para além da tarifa promocional para residentes e estudantes, as novas obrigações incluem também tarifas PEX de ida e volta, nas ligações entre os Açores e o Continente, de 233 Euros e de ida e volta, nas ligações entre os Açores e o Funchal, de 172 Euros. Fica determinado que a tarifa que os residentes na Região Autónoma dos Açores terão de pagar para viagens de ida e volta ao Continente será de 194 Euros. Já as ligações entre os Açores e a Madeira ficam-se pelos 170 Euros. No que diz respeito aos estudantes, uma viagem para o Continente custa 151 Euros, 107 para a Madeira.

Outra das novidades que as novas obrigações de serviço público trazem é o Estado subsidiar de forma diferenciada a rota “Porto-Terceira-Porto”, bem como as rotas “Lisboa-Santa Maria-Lisboa” e “ Lisboa-Pico-Lisboa”. O subsídio estatal é de 105 Euros, contra os 86 Euros praticados nas rotas “Lisboa-Ponta Delgada-Lisboa”, “ Lisboa-Terceira-Lisboa”, “Lisboa-Horta-Lisboa”, “Funchal-Ponta Delgada-Funchal” e “Porto-Ponta Delgada-Porto”.

Todas as rotas menos a “Lisboa/Pico/Lisboa” mantêm capacidade em vigor desde um de Janeiro de 2006. A rota “Lisboa-Terceira-Lisboa” conta, deste modo, com 140 000 lugares ao longo do Verão IATA, 64 600 lugares no Inverno IATA.

O Pico conta agora também com “pelo menos uma frequência semanal de ida e volta, de sexta-feira a domingo, durante todo o ano, podendo ser combinada com a rota Lisboa/Terceira/Lisboa”, adianta o documento. O mesmo texto esclarece que continua a ser admitido o regime “code-share”.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Maio, maduro Maio!

Ai "Maio, maduro Maio" que nasceste no dia primeiro com trabalhadores na rua lutando por direitos, sem direito a terem prática!



Ai Maio! primeiro dia de uma longa jornada de protestos por Vida melhor VIVIDA, trabalho mais livre e libertador! Ai Maio, primeiro dia de gentes sem nome, conhecidas pelo número mecanográfico nas folhas de míseros salários míseros clamando por justiça, dados por compaixão.



Ai Maio, primeiro dia de luta pelo nome do Cartão de Cidadão de Pessoas com Alma e solidariedade abundantes que transbordam para a mesa dos semelhantes, enquanto os senhores da lei e donos do dinheiro planeam e ditam tempos de penúria e de crise.



Maio, dia primeiro da Liberdade, da Solidariedade e da Justiça, eu te saúdo.



Fica conosco, enquanto houver quem não reconheça que todo o homem é irmão do outro homem.