quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

GOVERNAR ASSIM, NÃO!

O Executivo camarário, decididamente, não morre de amores pelo chamado Governo Electrónico. No site do Município, só as actividades da Culturpico (EM) aproveitam as vantagens das TIC, como já referimos.
Numa atitude saudável de cidadania, mesmo que habitualmente contestemos a gestão municipal, fomos à procura dos projectos para 2009, recentemente anunciados pelos jornais picoenses. Mas não os encontrámos. Descobrimos sim, um plano plurianual elaborado em 2007 e esse documento revelou-nos como é gerido o nosso concelho: NÃO SE CUMPRE PRAZOS DE EXECUÇÃO DOS PROJECTOS. Quando assim é, e salvo justificação plausível, pergunta-se: Que foi feito das verbas orçamentadas? Para onde foram desviadas? Será que as obras e empreitadas excederam largamente os orçamentos dos concursos? Será que essas verbas serviram, por isso, para pagar esses excessos?
Mas vamos a factos:
No referido documento que pode analisar aqui há obras que não passaram do papel. Por exemplo: a construção e beneficiação da Junta de Freguesia da Piedade (197 mil euros) e a Beneficiação e ampliação da Escola Básica da mesma freguesia (851 mil), ambas com conclusões previstas para 2008; nem lançada foi a primeira pedra!
Para 2008 previu-se a eleboração de Planos de pormenor em todas as freguesias (575 mil e uros )mas da sua conclusão os eleitores nada sabem!
Do Jardim Público das Lajes, que deveria estar concluído já no passado ano (265 mil), do Passeio Marítimo (Dez de 2007), do Ginásio de Santa Catarina prevista a conclusão em Dez 2007 (325 mil), nada disto se iniciou. O mesmo sucedeu com a requalificação das Ruas do Castelo e da Fábrica da Baleia. Isto para já não falar do Mercado Municipal (conclusão da obra Dez de 2008) cuja localização desconhecem os lajenses onde será, ou do projecto de construção de infra-estruturas da nova zona industrial (Dez 2007).
E não pormenorizámos outras obras previstas para as 6 freguesias do concelho.
São muitos projectos atrasados ou abandonados sem justificação atempada e plausível. Que se passou? Por que foram atrasadas as obras? Dificuldades de tesouraria, dídivas antigas? Então por que não se diz a verdade? Quem e o quê se pretende esconder?
A Democracia é, antes de mais participação e exercício da cidadania e o poder que a suporta é sempre transitório e delegado.
De contrário os responsáveis políticos locais e regionais, agindo e decidindo pela calada ou encobrindo incompetências e irresponsabilidades, estão a promover regimes autocráticos e autoritários. E esses dispensamos bem pois só trouxeram o atraso, a debandada, a censura e a negação das liberdades.
Neste ano de eleições que os eleitos respondam pelos seus actos e os eleitores os premeiem ou penalizem no seu voto!