quarta-feira, 27 de junho de 2007

Festa de São Pedro



Mais uma festa de S. Pedro está à porta. São dois dias de festa, o último dos quais, dia 29, feriado municipal.


A primeira Igreja da Ilha, certamente não o templo primitivo, acolhe desde sempre o primeiro Papa, que também deu o nome ao primeiro pároco do Pico, Frei Pedro Gigante.


O Império de São Pedro, com a distribuição de rosquilhas, é uma tradição já do século 20. O arraial efectuava-se no meio da vila, junto a uma capelinha de madeira, armada primeiro para a festa de Sto António, onde as imagens permaneciam nos seus andores, até ao final do arraial.


Muitos anos mais é que se inicia o jantar aos irmãos que perdura, no salão da Filarmónica .


Este ano a comissão é constituida por jovens dinâmicas que elaboraram um programa com início no dia 28. Está programado um espectáculo musical com músicos e intérpretes locais, folclore e bailes de chamarritas.


No dia 29, as celebrações litúrgicas têm lugar às 12h00 na Ermida de São Pedro, seguindo-se o cortejo da rainha em direcção à filarmónica onde, às 13h30, é servido o jantar aos irmãos.


À tarde, após a tradicional procissão de recolha dos açafates, pelas ruas da Vila, serão distribuidas rosquilhas em ambiente de festa animada pelas filarmónicas das Lajes e das Sete Cidades-Madalena.


Estas festividades tradicionais de raiz popular, constituem momentos muito importantes para revelar aos visitantes as nossas tradições e cultura.


Não nos esqueçamos de que eles levarão gravadas para os seus países de origem, imagens do nosso modo de vida.

sábado, 23 de junho de 2007

Feira quinhentista foi um sucesso

A feira quinhentista, promovida ontem à noite pela EB/S das Lajes do Pico foi um sucesso, apesar de o tempo chuvoso não ter proporcionado um maior serão e convívio entre os personagens e o público.


A iniciativa, que contou com o apoio de várias empresas, instituições locais e dos encarregados de educação, demonstrou a todos o trabalho que a EB/S desenvolve na preparação e formação académica e cultural dos alunos, fruto do empenho de professores, alunos e pais.

O rigor da indumentária da época, o pormenor dos alimentos quinhentistas, a fala dos figurantes...tudo abona o bom trabalho desenvolvido pelos docentes e alunos, neste final de ano lectivo.

Dias antes tinha-se assistido, no Auditório Municipal, a um belíssimo espectáculo dos alunos de piano.

Esperamos que a iniciativa se repita na Semana dos Baleeiros. Tem qualidade, os figurantes/alunos já estão ensaiados e, certamente, os visitantes apreciarão o que por aqui se faz.

Valorizarmos o que é nosso nos momentos festivos é uma obrigação dos responsáveis, e esta feira quinhentista preenche, agradável e dignamente, uma noite da semana da festa maior.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

A câmara das Lajes do Pico

Não falo da Câmara Municipal, desta feita, mas da web-cam colocada na antena da Rádio Montanha, integrada no projecto Climaat do Interrreg 3-B. Não é a primeira vez que falham as web-cam. Já aconteceu o mesmo com as Lajes das Flores, com os Biscoitos da Terceira e com Velas. Sempre a periferia a sofrer pelo afastamento dos centros de investigação que se centram nas ilhas ex-capitais de distrito. Como se pretende investigar sem recolha contínua de dados? e como se justifica esta permanente imagem fixa de um dia de nevoeiro já passado? Para além de dar uma má imagem das Lajes do Pico, diferente da deste dia de verão que tardou, mas chegou!
PS: recuso-me a mostrar a imagem do climaat porque não é real, é fictícia. Mudem para outra. Eu ofereço.

domingo, 17 de junho de 2007

Vamos aproveitar o muito que temos!

As valências e potencialidades que as Lajes e o concelho têm para o turismo não estão a ser convenientemente exploradas e aproveitadas.

O turismo de natureza, que constitui o nosso maior e mais rico cartaz, apresenta, entre nós, aspectos muito variados a saber: observação de cetáceos, Museu dos Baleeiros, regatas de canoas baleeiras, vigia da baleia, fábrica da baleia, casas dos botes, antigos baleeiros, percursos pedestres, contacto com o património natural, recursos marinhos, flora endémica, património mundial da paisagem da vinha (Ponta da Ilha), zona protegida do juncal (Lajes), artesanato em osso de baleia, de miniaturas de botes baleeiros, de rendas, de mini-utensílios em madeira de cedro, património arquitectónico, musical e literário (toda a obra do escritor Dias de Melo), coroações e festas do Divino Espírito Santo, etc... é um vasto manancial que importa dar a conhecer e valorizar.

Como exemplo do que acabo de dizer, basta referir que a zona do juncal, considerada pelos biólogos de grande interesse científico e patrimonial, não tem uma única placa identificativa, ninguém lá vai explicar o que ali está e porquê, não postais da zona, nem das casas dos botes, ou das canoas baleeiras, das festas do Espírito Santo, ou da cerimónia da pesqueira no domingo de Lurdes, das regatas, dos antigos e ainda vivos baleeiros, do artesanato... É uma grande valor turístico que não se "vende" porque não há um DVD, um CD, um livro, ou fotos que os visitantes sempre compram, nem existem, localmente, guias que acompanhem os turistas na sua permanência nesta Vila. Se juntarmos a tudo isto a construção de um porto de recreio de apoio ao whale-watching, o futuro Centro do Mar... quanto partido poderíamos tirar de tudo isto!...

Estamos a perder oportunidade de criar serviços - o turismo é uma indústria de serviços! - de afirmar o nosso destino como uma marca singular e típica, única nos Açores e na Europa.

A quem cabe desenvolver o aproveitamento destas potencialidades? A todos, especialmente aos empresários, aos poderes públicos, aos fazedores de opinião, a todos quantos amam a nossa terra, numa dinâmica de parcerias e de co-responsabilidade que importa criar, quanto antes, pois hoje já é tarde para o que deveria ter sido feito.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Universidade dos Açores coopera com Centro do Mar


A Presidente da Câmara das Lajes do Pico assina hoje um protocolo com a Universidade dos Açores tendo em vista o envolvimento da UA no Centro do Mar a funcionar na antiga Fábrica da Baleia da SIBIL, nos domínios científico, cultural e pedagógico.

Segundo se informa no sítio do Município as obras de recuperação da antiga fábrica SIBIL estão quase prontas e ultimam-se os conteúdos do Centro, tudo apontando para que a sua Primeira Fase esteja concluída até ao final de Agosto deste ano.

É mais uma valência importante a reforçar a vertente da história baleeira da nossa terra e do concelho, também ele virado, de São João à Piedade, a este actividade.

sábado, 9 de junho de 2007

Residencial Bela Vista

O empresário lajense Camilo Costa acaba de abrir na Rua Nova e após profunda remodelação a Residencial Bela Vista.
Esta unidade hoteleira (antiga residencial Açor, construída por Dionísio B.Pereira, empresário já falecido e muito preocupado com o desenvolvimento das Lajes), vem colmatar uma grande e grave lacuna - a falta de alojamentos e de camas nesta Vila.
Se bem que urbanística e arquitectonicamente falando, construir uma unidade hoteleira de grandes dimensões dentro das Lajes é um erro, o certo é que há locais nas imediações, por exemplo na saída leste em direcção às Terras, onde um bem enquadrado empreendimento hoteleiro, tal como admite o POTRAA, seria bemvindo.
Oxalá Camilo Costa tenha o sucesso que merece neste novo empreendimento, a premiar todo o seu dinamismo.

sábado, 2 de junho de 2007

Democracia cultural

"Ninguém é dono nem da palavra e muito menos da sabedoria. Não se pode pensar como se fizesse parte de uma colcha de retalhos com inúmeros pedacinhos coloridos, cada um de uma textura e tamanho. Nada disso. O desafio é fazer uma grande renda tecida no entrelaçar de fios livres, com tolerância, respeito e amor. Agora é a vez da identidade aberta, inclusiva, da universalidade cultural tão almejada. O conhecimento é socializado, a mudança cultural é irreversível e a cada momento paradigmas são estabelecidos numa constante interacção entre o homem e o meio. O mundo mudou, nós mudámos.
Neste contexto, uma nova perspectiva cultural se impõe – a democracia cultural onde todos são portadores e fazedores de cultura. Uma cultura que fortaleça a liberdade individual e colectiva, consolidada pela vivência plena da cidadania."

Lélia Nunes
Carta para Vamberto Freitas, in Maré Cheia – Jornal Portuguese Tribune