segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Lepratecoma!


Uma nova janela se abre ao progresso desta terra que o autor do monumento aos baleeiros, pretendeu simbolizar naquele pórtico colocado no Caneiro o qual constitui um velho marco da história desta Vila – primeira do Pico (falta ainda terminar as obras de reconstituição dos velhos caldeiros onde se derreteu baleias!).
Uma história carregada de labutas, canseiras e fracassos, sonhos, projectos e esperanças que começam a ressurgir no dealbar do novo ano.
Utilizando a expressão de um antigo companheiro de escola: lepratecoma, se não sou capaz de mudar isto! Vamos dar a volta ao conformismo e assumir, todos juntos, o futuro desta Terra de Valentes Baleeiros!!!
É este o voto sincero que formulo no início de 2008!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Um Natal só para alguns

Da festa do Natal, só o Presépio assinalava a diferença pois não havia nem árvore, nem luzes. Um altarinho, talvez, na cómoda do quarto de cama e um rebuçadinho para os pequenos.
O mais era a Missa do Galo na noite fria e um jantarinho de galinha mais abundante.
De resto era um dia como os outros: roupinhas remendadas e lavadas, pés descalços e uma alegria esfusiante perante uma bola de trapos, até que chegava um menino com uma bola verdadeira, bem encostada a si não fossem os rapazes dar cabo dela.
Ai tanta inveja de quem passeava, altivamente, carrinhos de lata, roupinhas e sapatos novos, guloseimas e pouco mais, que naquele tempo a variedade não era tanta assim...
Pelo ar pairava um perfume a laranjas e tangerinas, fruta abundante da época, acompanhadas de um naco de pão, com que a rapaziada matava a fome azeda da miséria.
Afinal, o Menino Jesus, não tinha vindo para todos...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Toda o litoral das Lajes precisa de melhoramentos



Nesta tarde outonal, as Lajes voltam-se para o mar e para a montanha. Agora, já o demonstrou a cortina em fase de conclusão, a Vila está mais segura, mais resguardada.

Impõe-se, por isso, que as Lajes se voltem para o mar. A sua zona litoral vai desde a Lagoa de Cima à entrada para a Maré, e todo este trajecto tem de ser recuperado e modernizado, antes do passeio Castelo-Casas dos botes. Não é só a área do antigo campo de futebol que carece de recuperação, é toda aquela faixa, virada para o mar, onde se pode fazer uma avenida litoral, junto à muralha, naturalmente, com piso de cimento, zona pedonal, esplanadas...mas ao longo de toda a faixa atrás citada e não só no antigo campo de futebol.

É claro que falar da recuperação deste amplo espaço, significa integrar, com desassombro e sem receios, o aproveitamento da zona balnear da Maré. Não se pode continuar a construir e remodelar zonas balneares - e bem! - noutras freguesias e deixar para o fim, com receio não se sabe de quê e de quem, a zona balnear da Maré, com condições naturais ímpares. Todavia, antigas gestões autárquicas - bem intencionadas, não o contesto! - quase a descaracterizaram efectuando obras mal concebidas e arquitectadas, cobrindo de cimento, sem o mínimo cuidado ambiental, a textura dos rochedos.

As Lajes dispõem, a partir de agora, de outras condições. Saibamos aproveitá-las.

Ganhará o concelho e a Ilha.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

É legal ou ilegal?

O final do ano está a chegar e, como tal, é tempo de balanço.
Para o cidadão comum que paga os seus impostos e tenta cumprir a lei, não há quem lhe valha quando prevarica ou porque o recurso à justiça é caro ou porque desconhece os seus direitos.
Tudo isto vem a propósito da inspecção efectuada à Câmara Municipal das Lajes do Pico, sobre a legalidade ou não da nomeação do Chefe de Gabinete da Presidente, que é seu consorte.
Soube-se que a Inspecção Regional averiguou, mas não se sabe se já emitiu parecer e se este é ou não favorável à decisão da autarca.
Importa que, caso haja uma conclusão, que a mesma seja divulgada, para que não se continue a levantar suspeições sobre quem exerce actividade pública.
Nesta matéria, vale mais a transparência, a legalidade e a verdade, que o encobrir situações que desabonam em prejuízo de uns e beneficiam outros.