terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ANO NOVO

O Natal passou sem que tivessemos intervindo, mais não fosse para deswejar a todos as Boas Festas.
Preferimos passá-lo em silêncio.
Com o novo ano a aproximar-se, impunha-se uma reflexão sobre tudo quanto se passou nesta Vila.
Os textos aqui colocados ao longo do ano, são um contributo a essa reflexão, bem como os comentários que eles suscitaram.
Esperamos, sinceramente, que 2011 marque uma viragem no presente das Lajes.
Os tempos de crise são propícios à inovação, ao empreendedorismo e à mudança para melhor pois, como diz a canção "p'ra pior já basta assim".
Que cada um de nós faça a sua reflexão e veja como pode potenciar o desenvolvimento da sua e nossa terra.
São esses os nossos mais sinceros Votos para o ANO NOVO!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Dicas & tricas

A vila está festivamente engalanada. As luzes natalícias enfeitam o velho burgo, onde cada vez mais luzes se vão fechando nas já poucas residências.
É pena, muita pena que o centro do concelho, perca a vida, em favor da periferia.
Nunca percebi que se continue a defender a construção de novas urbanizações fora da vila e se pretenda -é o que parece!- nela instalar um parque de diversões...
Dispersar a população por novas áreas habitacionais (para quê mais uma nos Biscoitos? aumentou a população? Não!), sem que para tal previamente se elaborem planos de pormenor integrados nas antigas zonas residenciais, é obrigar o Estado e o Município a dispenderem no presente e no futuro verbas avultadas para garantir infraestruturas.
Esta deve ser uma regra cada vez mais presente na gestão dos dinheiros públicos.
É por isso que somos, frontalmente, contra a deslocalização da Escola e até contra a construção de um hotel no antigo matadouro. Então não tem a Câmara a propriedade da Casa da Maricas Tomé e do terreno anexo? Por que não opta por essa solução e valoriza a Vila?
Há pequenas coisas que merecem atenção do município: o acesso aos Paços do Concelho pelos idosos está contra a legislação que impede as barreiras arquitectónicas; os passeios da vila e o próprio empedrado da calçada são uma ratoeira que já infringiu maleitas a muitos idosos. Por que se espera para melhorar esses acessos? A própria circulação do trânsito nas ruas da Vila por que não se faz pela pesqueira e pela Rua Direita, por onde, historicamente, se organizou toda a actividade lajense?
Como eu gostaria de ver discutidas estas questões na Praça pública, pelos lajenses e entendidos... tenho pena que se vão tomando decisões avulsas (parque de estacionamento à superfície, calcetamento dos passeios e da Rua Direita, melhoramento do cruzeiro, colocação do Padrão dos descobrimentos em plano muito baixo... etc.) que depois levarão anos a anos a alterar e melhorar.
Oxalá se crie a consciência de que uma democracia participativa é o melhor governo do povo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A postura da ACIP e um Prémio para o restaurante LAGOA

A Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico continua a realizar eventos na Madalena ou naquele concelho.
A impropriamente designada ACIP parece não estar vocacionada para representar os empresários de toda a Ilha e de não perceber o que se passa nos restantes concelhos. O seu Presidente, fala como se de um político se tratasse, repetindo tudo quanto alguns deputados já reclamaram, mesmo sem examinar se as reivindicações são correctas. Falar da Escola profissional do Pico, esquecendo que há cursos de formação profissional noutras escolas, reclamar a construção da nova escola secundária das Lajes, quando o Governo já percebeu que se não justifica após a construção da Escola da Piedade e outras reivindicações que há anos estão na agenda da oposição, é alinhar-se demasiado e não ter capacidade de reflexão nem de prospecção sobre as grandes questões e problemas a Ilha.
É tempo de se reclamar, com atitudes, mais voos para o Pico. Não perceber que palavras não chegam para mudar as coisas, é cair no descrédito da opinião pública. Reivindicar, mas com argumentos, como outros estão a fazer na blogosfera, (O Pico e os Aviões) dando credibilidade às suas palavras.

A ACIP, assim não representa a Ilha, apenas o concelho da Madalena. À volta da Ilha há outras empresas e empresários capazes de representar as actividades económicas da Ilha do Pico, no seu todo, e de pensar o nosso presente e futuro, sem estar com os olhos postos no canal ou apenas na fronteira.

RESTAURANTE LAGOA recebe prémio (imagem retirada d' Aqui )

III Mostra de Gastronomia Luso Galaica, organização da Câmara de Comércio e Indústria da Horta decorreu no passado fim-de-semana.
Venceram os restaurantes Lagoa, das Lajes e Parisiana da Madalena. Foram entregues dois pratos de ouro, em reconhecimento pela qualidade do serviço prestado.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tanto para tão poucos era escândalo!

Fim da acumulação de pensões abrange situações existentes

O ministro da Presidência afirmou hoje que o Governo decidiu impedir a acumulação entre pensões e vencimentos públicos, medida que entrará em vigor a partir de 01 de janeiro e que abrangerá também os casos atualmente existentes.

«Trata-se de uma medida de racionalização e de moralização da despesa pública. É sobretudo isso que está em causa», declarou Pedro Silva Pereira no final do Conselho de Ministros, ocasião em que também salientou que o executivo «já tinha sinalizado de pretender avançar neste domínio».

Diário Digital / Lusa

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Bem prega frei aníbal...

Recebi esta mensagem que, a ser verdade, distribuo para que todos os portugueses saibam quem são os "moralistas" e os cidadãos honestos...

"Até este cavalheiro...



O EXEMPLO PRESIDENCIAL, ANÍBAL CAVACO SILVA

Actualmente recebe três pensões pagas pelo Estado:

4.152,00 - Banco de Portugal.

2.328 ,00 - Universidade Nova de Lisboa.

2.876,00 - Por ter sido primeiro-ministro.


9.356,00 - TOTAL ( 1 875 709 $ 60 )

Podendo acumulá-las com o vencimento de P. R.


Porque será que não se cortaram estes PREVILÉGIOS que este e outros ECONOMISTAS (e que passaram por governos e Banco de Portugal) acumulam descarada e vergonhosamente e ainda têm a desfaçatez e distinta lata de ir para as Televisões recomendar cortes nos salários de quem vive apenas do seu trabalho, redução de pensões (para os outros, claro!), para quem tem APENAS UMA pensão que lhe dê para viver com dignidade!!!!!!!!! - Afinal quem estará a provocar a "famigerada" falência da Segurança Social apregoada por esses senhores???

NENHUM PAÍS SE DESENVOLVEU COM ORIENTAÇÕES DESTAS E GENTE ASSIM !

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O seu a seu dono

Pelos comentários que, democraticamente, colocamos, nota-se que alguns leitores afectam este blogue ao poder municipal eleito, ou à sua autoria.
Completamente falso.
O LEPRATECOMA, embora tenha defendido a mudança e a votação na equipa de Roberto Silva, fê-lo por entender que era melhor mudar os protagonistas e os hábitos que sempre se ganham, do que continuar tudo como dantes, numa viciação de comportamentos e projectos que por diversas vezes contestámos.
O último comentário aqui feito, coloca um ponto final no "estado de graça" do poder camarário.
Chegou a hora de começar a concretizar projectos e intenções em que os eleitores acreditaram.
O Concelho necessita de um novo dinamismo na cultura, (não basta projectar fitas, fazer concertos, espectáculos e feiras, é preciso inovar e há tanto a fazer!...); precisa de rentabilizar a sua economia e as suas poupanças e necessita de fixar a população abrindo-lhe as portas do presente e do futuro.
Muitas sugestões aqui feitas ao anterior executivo municipal, aplicam-se a este. Os exemplos de paralisia estão à vista: no património construído, nas zonas balneares, na falta de capacidade hoteleira, na urgência em dar uma nova dimensão ao porto das Lajes, quer no iatismo quer nos transportes de passageiros e mercadorias, numa visão de futuro que compete encetar neste concelho e neste velho burgo - o mais antigo da Ilha.
Recorrendo a técnicos do exterior, ouvindo os lajenses de fora e de dentro... as Lajes e o Concelho precisam que uma lufada de ar fresco, com laivos de modernidade. Que chegue depressa para dar alento aos que aqui vivem e coragem aos empreendedores jovens e menos jovens!
E em todos estes sectores o Município tem uma palavra importante a dizer, a reivindicar, a propor. Sobretudo a propor, com pés e cabeça, para que os resultados cheguem depressa, pois a inércia não resolve nada, só agrava.
Este blogue é antes de mais um exercício público dos direitos de cidadania.
Para atingir estes objectivos os aliados do LEPRATECOMA são, sobretudo,os Lajenses, porque amamos a nossa TERRA e temos orgulho nela.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dos projectos às obras

Quase me esqueci de alimentar este blogue que tantos engulhos causam a muita gente que outrora se empoleirou no poder.
Lepratecoma surgiu não para dizer mal, antes para ser uma voz crítica e lúcida do que acontece por aqui ou que aqui se projecta fazer.
Estivemos silenciosos até agora. O Verão é um tempo de paragem, de convívio, de troca de ideias entre os que aqui vêm e os que aqui vivem. E não é a mesma coisa, nem se tem as mesmas opiniões. Quem vive o dia-a-dia desta terra, torna-se, por vezes,insensível ao quotidiano, enquanto quem aqui vem tem os olhos mais aberto a pequenas coisas que poderiam talvez ser diferentes.
De qualquer modo, uns e outros são indispensáveis ao porvir porque ambos são daqui.
Neste início do ano lectivo, a começar o último trimestre do ano, espera-se que os responsáveis pelos destino desta terra, apresentem novos empreendimentos.
É tempo de passar dos projectos às obras pois, mesmo em tempo de crise, não há tempo a perder e o combóio do progresso já está em andamento.
É tempo de apanhar a carruagem, mesmo que seja a última.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Voltámos com a festa

Há quanto tempo!!!...
Até parece que não há nada a dizer - disse alguém.
O certo é que, quando se dá primazia às férias, ao mar, ao sol, ao convívio com os amigos, parece que tudo está bem à nossa volta. E não é assim.
Há críticas a fazer? Tantas e os últimos post comprovam-no porque pouco foi alterado. A não ser o campo de futebol. Para ser nivelado, como está, com gravilha, foi necessário partir pedra. Para quê? Qual o projecto em vista? É o que falta explicar. E tanto gostávamos de saber, pois o amor à nossa terra é desinteressado e acompanha-nos sempre.
Mas o tempo é de festa. Vamos festejar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Água mole...

1. Já é um tema recorrente o estado lastimável e fantasmagórico em que se encontra a Casa da Maricas Tomé. Obra de Santa Engrácia, não é um termo que se aplique àquele edifício, pois, há mais de uma dezena de anos, o que os responsáveis municipais se limitaram a fazer foi numerar a cantaria.
De resto, sai verão e entra primavera e a carcaça de uma casa solarenga, ali está, perigando os transeuntes. Há uns meses, delimitaram o passeio com uma rede que o tempo enferrujou.
Nada mais se fez! Ao menos, limpe-se a fachada e com uma placa, informe-se o público do que se pretende ali fazer, quando houver projecto. É o mínimo que se exige. Doutro modo, cheira a desmazelo, a desleixo, a ...
E quanto antes, pois os turistas já andam por aí, os lajenses de fora também não gostam de ver o abandono daquela antiga casa de moradia e também escola primária das meninas. Querem uma ajuda de voluntários para cortar as trepadeiras?
Aqui estou eu e outros mais.

2.Já agora, que se passa com o terrapleno iniciado no antigo campo de futebol? Terminou o projecto, ou falta verba e projecto?
Os munícipes merecem ser esclarecidos. Ao fim e ao cabo, os responsáveis camarários foram delegados a exercer o poder pelo povo (onde é que eu já ouvi isto?). Não para fazer o que bem entendem e lhes dá na real gana.

domingo, 11 de julho de 2010

Os canaviais infestam as ladeiras da Vila


Os canaviais estão a irromper pelas ladeiras da Vila. Acima e abaixo da estrada, os canaviais são uma praga a que os responsáveis pela natureza e os próprios donos dos prédios parecem indiferentes.

Há uns anos, os serviços das obras públicas, procederam a um excelentíssimo corte de tão reprodutoras plantas. Resultado: a estrada regional sobre as Lajes- toda ela - passou a ser um miradouro. Agora, os canaviais infestam prédios particulares - outrora serrados de milho - junto às casas ou nas ladeiras, e ninguém faz nada!

Antigamente, a Câmara ordenava a limpeza das testadas, das canadas. Então, os prédios e serrados eram terrenos férteis e abundantes de produtos que sustentavam famílias e gados.

Falta quem, com autoridade!, mande limpar esses canaviais, antes que eles nos entrem pela porta da cozinha dentro e nos tapem as paisagens de que tanto gostamos.

É preciso que se faça uma campanha? Que venha ela! Rápido e depressa, pois de infestantes já temos incensos de sobra e outras mais que só revelam a falta de braços, de engenho e provocam o abandono dos campos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Uma visita, sem estratégia de futuro

O Governo dos Açores volta ao Pico um dia destes. Em visita estatutária.
Não sei o que assinalará a visita, em 2010, mas presumo que será inaugurado o Porto da Manhenha, cujas obras já terminaram há meses e desconheço se há mais alguma obra cuja fita irá ser cortada.
O que importa é se há novidades sobre o desenvolvimento da Ilha, face ao seu despovoamento, envelhecimento e falta de perspectivas para os mais novos.
Ouvi que o conselho de ilha já tinha elaborado o memorando para entregar ao Governo. Mais uma vez, obras e mais obras: a nova escola Secundária das Lajes, porto da Madalena, porto de São Roque, transportes aéreos Pico-Lisboa...
Quanto à primeira, acredito que não faz sentido o investimento, face à instalação de uma escola do 2º e 3º ciclos, na Piedade. Do porto de passageiros e de recreio de São Roque, bem como do da Madalena, penso que em tempo de crise, devemos ser parciomoniosos e aguardar para ver o que isto vai dar.
Não ouvi falar de novos paradigmas para o desenvolvimento que valorizem as nossas riquezas marinhas, as riquezas ambientais, ou a investigação científica, ou um aproveitamento maior dos nossos produtos agropecuários como o queijo típico e a carne, os vinhos e outros produtos característicos.
Não basta consagrarmos a paisagem da vinha como património mundial. Impõe-se que daí colhamos benefícios económicos. Não basta dizermos que o queijo do Pico tem muita fama, quando ele vende-se mal, apresenta-se mal e continua sem grande saída.
Não basta relevarmos a nossa cultura, a nossa gastronomia, a nossa natureza, a nossa paisagem, se tudo isso não beneficiar os que aqui vivem, criando novos serviços, novos empregos, novos atrativos.
Quando em todas as ilhas o whale-watching fôr uma espécie de monocultura do mar, acabou-se o negócio.
Quando em todas as ilhas se produzir o mesmo queijo da Ilha, acabou-se o queijo típico do Pico.
Quando em todas as ilhas as produções forem iguais ou semelhantes, acabou-se o atrativo das pequenas ilhas, pois os visitantes ficarão nos destinos mais próximos e menos caros e aí terão uma visão global dos Açores. Não acreditam?
Então esperem para ver.
O Governo vem ao Pico? Que venha.
Se os empresários e políticos desta terra só continuarem a exigir-lhe a construção de mais obras públicas e não: projectos inovadores, consistentes e perspectivas modernas e inovadoras de um desenvolvimento adequado a esta Ilha, o Governo não terá muito que pensar e fazer. Os engenheiros, arquitectos e gabinetes projectistas far-lhe-ão o trabalho de casa.
Uma coisa, porém, é certa: Nunca, em tempo algum, o cimento gerou desenvolvimento.
Perante isto, mais vale aos empresários e políticos desta terra exigirem ao Governo que estude com organizações competentes, quais os sectores em cuja viabilidade e mais-valia devem apostar os investidores locais ou exteriores. Para que o Pico tenha mais gente e as suas riquezas e vantagens - o seu futuro - sejam valorizados.
De contrário, estamos a brincar às obras públicas e a desperdiçar tempo, dinheiro e energias.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um mês depois...

Um mês é muito tempo.
Foi há um mês que escrevi o último texto deste blogue. Desde então muita coisa aconteceu nesta terra, se bem que, nada de extraordinário, tenha sucedido.

1. As chuvas contínuas, puseram a descoberto a fragilidade dos taludes da estrada regional do lado sul. Nada que não se adivinhasse. Todavia, apesar de cair mais uma quebrada aqui, uma pedra ali, uma ribanceira acolá, as máquinas procedem à sua desobstrução e mantém-se tudo como se nada fosse.
Ninguém protesta: Que se há-de fazer? Contra a força dos elementos, quem pode resistir? Este ano foi demais...para o ano será diferente!
E vamos suportando tudo com paciência, como se não houvesse maneira de prevenir e de proteger pessoas e bens de tragédias que não avisam, antecipadamente.
E o pior é que vem aí o bom tempo e tudo se vai esquecer, como se não tivesse acontecido nada.
E se suceder? Pois paciência!!!...- dirão resignados, os afectados.
Por que será que só aqui é que as entidades responsáveis não tomam as devidas providências?

2. Os lajenses tem assistido ao enchimento do campo de futebol. Alguns (veja-se os comentários do texto anterior) julgam que ali se vai instalar uma central de britagem. Outros criticam à boca pequena, mas não adivinham o que dali vai sair.
Será que os responsáveis camarários não deveriam informar os munícipes do que se pretende fazer no antigo campo de futebol?
Eu penso que sim. E quanto mais cedo melhor. Com um cartaz, com uma informação na Página Autárquica, com uma notícia, com qualquer coisa. Nada pior que o silêncio. É a mãe de todos os boatos, maledicências e lamentações.

3. Os novos proprietários do Moby Dick II apresentaram o projecto do seu empreendimento e revelaram as suas valências. Com uma visão comercial e um louvável interesse colectivo.
Que tenham muito sucesso.

4. Aos poucos a vila vai-se alindando. Foi a Delegação Marítima. Esperemos que a casa da Maricas Tomé dentro em breve fique com um aspecto menos desprezado.
Já anda por aí tanta gente a tirar retratos para mais tarde recordar e para mostrar aos seus amigos e familiares que importa limpar o mais possível tudo quanto desfeia esta Vila.

sábado, 8 de maio de 2010

É uma vergonha!

Aqui está a prova provada de que esta é uma ilha distante, afastada, desinteressante para muita gente. Não só para muitos políticos, mas também para empresários, religiosos... e até cientistas.
Só quando aqui há um congresso, um seminário, uma conferência, é que passam por cá, para provar a nossa farta gastronomia, o bom polvo à moda do Pico, o seu vinho, a carne, o queijo e muito mais.
Nessas ocasiões, o Pico vale a pena. É uma ilha sem igual, linda, os picarotos são um povo franco, aberto...e tantas palavras mais.
Palavras, digo bem...só palavras, que as obras, vão para outras paragens.
A recente inauguração do Lajeshoping, é um caso exemplar.
O Governo, que até financiou o empreendimento, fez-se representar por um digno Director Regional.
O Presidente do Governo não teve espaço na sua agenda (Na inauguração do Compre Bem, na Madalena, esteve lá!), nem o Secretário da Economia, ou outro que fosse... Ninguém para se congratular com um dos maiores investimentos privados do sul do Pico, nas últimas décadas.
Veio um Director Regional, pessoa muito competente- diga-se em abono da verdade!
O topo do Governo passou ao lado da festa que congregou gente de toda a Ilha, filarmónicas de todos os lados, consumidores, etc, e que foi transmitida pela sempre presente Lajes TV.
Este exemplo que aqui trago, ( do Climaat parado deste 25 de Abril! ) denota quão afastada se pretende manter as Lajes e o Pico, das restantes ilhas e do mundo exterior, que começa a delinear as suas férias.
Querem mais exemplos?

terça-feira, 4 de maio de 2010

Queremos os melhores, os que acreditam.

Foi um sucesso no dia da inauguração e nos dias subsequentes a abertura do Lajeshoping.
Do melhor que temos visto, à altura do melhor que há por aí.
O mais interessante é que os consumidores de toda a ilha tem-se manifestado satisfeitos.
Bom sinal.
Lepratecoma cujo objectivo é melhorar tudo o que a nossa terra tem, aplaude o investimento privado, sinal de que somos capazes, quando somos corajosos e tenazes.
"Por amor da nossa terra", tanto pode ainda ser feito, para melhorar as nossas condições de vida.
Há uns anos houve este slogan: Açores, ame-os ou deixe-os!.
O mesmo se diga agora. Quem não acredita que temos potencialidades, não faz falta.
Queremos os melhores, precisamos dos melhores, dos que acreditam que esta zona sul do Pico, em que vivemos, também vale a pena.

sábado, 1 de maio de 2010

Nós Padres...ponto final!!!

Esperava não ter de voltar ao assunto, mas um comentário do Pe Paulo Silva feito num post anterior obriga-me a mais alguns considerandos que julgo pertinentes, até porque este blog serve também para ajudar a formar, correctamente, a opinião das pessoas.
Não concordo com o comentário porque ele revela uma falta de diálogo e de abertura para debater uma decisão que, ao que parece, foi tomada apenas por nós padres que se arrogam da presunção de autoridade e ponto final.
Um mau exemplo de arrogância e de autoritarismo napoleónico ("l' état c'est moi") , a roçar o despotismo e o constantinismo.
Um autoritarismo que não admite o diálogo, o debate, a controvérsia em matéria bastante discutível, mesmo historicamente, e que, a meu ver, não deveria ser iniciativa do clero - que não é A IGREJA - picoense.
Na minha opinião, não compete à Igreja Católica picoense, celebrar os 550 anos do povoamento da Ilha do Pico que, como se sabe e é provado historicamente, se iniciou pelas Lajes.
Esta é uma efeméride que cabe, eventualmente, celebrar à sociedade civil: escolas, instituições públicas e outras, e a Igreja dar a sua perspectiva cristã, se for chamada para tal.
Missa às 17h00, seguida de procissão com os padroeiros - se não quizerem os seus padroeiros lá, façam boicote e tranquem as portas das Igrejas. São estes comentários a prova provada de que não preside a esta iniciativa uma motivação pastoral ou espiritual, catequética e evangélica. A expressão de PS desvaloriza a comunidade eclesial e pode conduzir ao show-off, ao espectáculo mediático, a um grande ajuntamento mais que a uma celebração religiosa da Fé e da Caridade.
Quando as decisões eclesiais são tomadas apenas pelo clero e não envolvem os fiéis, nega-se, completamente, o sentido de Corpo de Cristo e de Povo de Deus por que se designa a Igreja.
O autoritarismo dos presbíteros é contrário ao espírito de diálogo pastoral e à humildade recomendada pelo decreto "Presbyterorum Ordinis" (Sobre os sacerdotes) no n.º 9, onde se afirma: "Os sacerdotes - embora exerçam em razão do sacramento da ordem a tarefa mais elevada e indispensável de pais e mestres no seio do Povo e em favor do Povo de Deus - juntamente com todos os fiéis cristãos, são discípulos do Senhor..." .
Estes desígnios do Concílio Vaticano II são contrários ao nós padres temos autoridade para decidir estes assuntos, pois anula o diálogo pastoral com os leigos, essencial e indispensável ao serviço de pais e mestres no seio do Povo e em favor do Povo de Deus.
O "Não vale a pena estar a discutir o assunto..." revela intransigência e obstinação ao diálogo, prova que algum clero defende ou impõe a menoridade dos fiéis Denota que, afinal, a Igreja não é a comunidade dos filhos de Deus, mas uma instituição religiosa decadente e classista de clérigos, que não se conformam com a doutrina evangélica nem com a pessoa e vida de Jesus - Mestre , Pastor e Irmão.

É mais que um indício de uma prática pastoral desadequada, retrógrada e anti-eclesial.
O comentário do Pe Paulo Silva, é revelador de uma postura que em vez de atrair os fiéis e de os envolver num projecto eclesial comum, afasta-os e não os compromete na Fé, na Esperança e na Caridade.

Como teria sido fácil evitar estes procedimentos, se os sacerdotes, antes de decidirem sozinhos e para si próprios, tivessem promovido a reflexão com as pessoas e as comunidades, ouvindo o que elas pensam sobre o que os padres se propõem fazer.
Não só neste assunto das celebrações dos 550 anos, mas também noutras iniciativas realizadas no Santuário de São Mateus que não têm o acolhimento esperado.
Perguntem, humildemente, ao Povo de Deus e do diálogo franco e aberto saberão o porquê.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Entre Abril e Maio

Abril está a chegar ao fim, com mais um dia de nevoeiro intenso. No entanto, as utopias da liberdade e do desenvolvimento continuam, até o sol despontar.
E vão surgir já em Maio. Um novo empreendimento vai abrir no dia 2, proporcionando cerca de 40 postos de trabalho e mais empregos indirectos, abrangendo umas dezenas de famílias.
Começam a vislumbrar-se novas perspectivas para um futuro mais promissor.
Oxalá!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Parque de estacionamento provisório


Por falar em casa da Maricas Tomé, por que não instalar um parque provisório (mesmo em bagacina) de estacionamento no espaço entre a casa e os CTT, salvas as devidas distâncias do imóvel degradado?
Retirar-se-íam as viaturas que estacionam em espinha frente ao Banif, dando um aspecto desordenado, o conjunto arquitectónico envolvente teria outra visibilidade e a circulação de veículos sairia beneficiada.
Com muito pouco, se dava um aspecto diferente àquela zona da Vila.
Que dizem?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Uma questão de dignidade

Já começamos a estranhar o estado de abandono em que se encontra a casa da Maricas Tomé, no espaço arquitectónico mais nobre da Vila. Quando todos os proprietários da zona envolvente cuidaram dos seus imóveis - há exemplos muito bem conseguidos da recuperação - os serviços públicos encontram desculpas para não cuidar do que é de todos nós.
Foi bom ter protegido os transeuntes e viaturas de males maiores mas, com a primavera, se não se limpar a cobertura vegetal, voltamos a ter ali um monstro. E não custa nada limpar aquelas eras e colocar um letreiro a explicar que o edifício aguarda obras. Só isto. Respeita-se os edifícios envolventes e o público e visitantes que já andam por aí, que ficam atónitos com aquele monstro desprezado.
No mesmo sentido está a casa dos botes da lagoa de Cima e a outra parece ir no mesmo destino.
Não fica bem a uma terra baleeira, manter há vários anos este património em condições tão degradadas. Então isto também não faz parte do núcleo museológico, tal como o Museu, a Fábrica da Baleia, as lanchas e os botes, as vigias, etc? Ou só o que está fechado no museu oficial é que constitui património a preservar?

São estas pequenas coisas que demonstram o valor que damos à nossa história e as mais-valias que delas podemos retirar numa perspectiva económica. Se passam pelo Museu cerca de 25 mil visitantes, por ano, fora de portas devemos manter a mesma imagem de dignidade no restante espólio baleeiro.
Ou não é assim?

P.S. Este "post" foi transcrito na secção "bloging" do jornal Diário dos Açores

domingo, 4 de abril de 2010

Domingo de Páscoa

Hoje, à noite, há concerto de Páscoa na Filarmónica com o Grupo Coral das Lajes do Pico e com a Liberdade Lajense.
À tarde há procissão da Ressurreição da Ermida de São Pedro para a Matriz, seguida de Missa.
Boas Festas!

sábado, 3 de abril de 2010

À consideração das Obras Públicas


Os melhoramentos de acesso à vila das Lajes - a chamada "boca da estrada"- continuam a não satisfazer. Quem sai da Vila para a Estrada regional, depara-se com a obrigação de stop, que não é nada fácil devido à inclinação da via.

Por outro lado, o arranjo(?) contempla um espaço ajardinado (?) que, se estivesse arranjado, poderia dar alguma graça. Mas não está.

É um jardim, abandonado que deveria merecer a mínima atenção das Obras Públicas, até para dar uma boa imagem das preocupações daqueles serviços.

Se fosse noutros locais que eu conheço, ter-se-ia colocado candeeiros, bancos, árvores e palmeiras!...

Aqui, é o que se vê. E o pior é que ninguém diz nada. Está sempre tudo bem!(?) "Seja como eles quiserem!..." É a descrença nas instituições...

Mas será que quem manda sabe que isto está assim?

E já agora: Que vão fazer as OP na estrada regional sobre as Lajes para conter as quebradas que um pouco mais adiante colocam em perigo os viandantes? Vão fechar os olhos, ou irão construir um muro de suporte para fazer face a mais derrocadas?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Igreja do Pico "a quatro velocidades"?

Li há dias, nO DEVER uma opinião de Paulo Silva, que presumo tratar-se do Director do Jornal e pároco "in solidum" das paróquias da Piedade, Calheta, Ribeiras, Sta Bárbara, Lajes e Silveira . Reza assim:
"O Pico no que respeita à vivência da fé anda a quatro velocidades: a Zona da Madalena fervorosa mas muito tradicionalista, São Roque um pouco apática, Lajes muito morta e a Ponta da Ilha isolada como se de um microclima se tratasse."

Mais adiante, o referido articulista acrescenta: " O Pico é uma ilha e infelizmente tem três concelhos que vivem do egoismo e de bairrismos infantís que impedem o nosso desenvolvimento."

Quem acusa "saudosistas, carreiristas e aristocratas decadentes que ignoram o Evangelho" mas reconhece que " o Pico é uma ilha, uma unidade, uma Igreja e não uma manta de retalhos como alguns pobres de espírito, teimam em defender", revela não ter capacidade para conhecer e aceitar as diferenças, falta de diálogo pastoral, desconhecimento da história e da cultura local e distanciamento relativamente ao fenómeno sócio-religioso.
Antes de estampar estas reflexões descontextualizadas e desconexas no semanário da paróquia das Lajes do Pico, Paulo Silva deveria ter partilhado o que pensa com os leigos e organismos da sua Zona pastoral. Certamente, desse diálogo que parece não ter existido, teria resultado uma visão mais compreensiva sobre práticas e vivências religiosas que se devem também, e sobretudo, imputar ao clero de que ele faz parte. O seu escrito contradiz, portanto, a alegada "Unidade Eclesial".
A Igreja de Jesus Cristo, é a Igreja Povo de Deus, não a igreja hierárquica. Os sacerdotes estão ao serviço da construção da(s) comunidade(s) e não devem arvorar-se em proeminentes sábios e juízes como na época constantiniana e feudal.
Transformar o clero em casta "sagrada", em senhores da verdade absoluta, tribo intocável e autoritária, é um contra-testemunho para os simples fiéis, discípulos da Igreja e da mensagem de salvação que seus pais lhes legaram.
Este respeito para com os crentes, deve presidir sempre a quaisquer julgamentos que se façam sobre a fé de cada um.
Até porque "só Deus conhece o interior de cada homem ou mulher".

(Deixo para outra ocasião a reflexão de P.S. sobre a função pastoral do Santuário do Bom Jesus, e a pastoral paroquial.)

sábado, 20 de março de 2010

Tanto lixo...

Os alunos da Escola B+S das Lajes do Pico, mais de 300, foram ontem para a rua, no âmbito da campanha nacional de recolha de lixo, e recolheram cerca de uma tonelada de lixo junto à costa da Vila.
É obra! Lixo que veio do mar, lixo que vem, sobretudo de terra. (O que se lança ao mar, cedo ou tarde o mar traz!)
Foi um bom exemplo, sobretudo para os adultos, que não têm qualquer relutância em atirar costa abaixo o que está a mais em suas casas.
Para mim, julgo que o problema não são as crianças e os jovens, cuja educação ambiental está a dar os seus frutos. Falta as entidades responsáveis - públicas e privadas - realizarem uma grande campanha de sensibilização, associada ao pagamento de multas pesadas a todos os prevaricadores. Se não for assim, não há campanhas que resistam. Para o ano, será necessário fazer duas recolhas, pois o consumismo continua e não há forma de o parar!

quarta-feira, 17 de março de 2010

A EDA corta, corta e a gente sofre, sofre....


São cortes e mais cortes: em casa, na rua... a EDA, sempre que há um pouco de tempo adverso, corta a luz, ou melhor, a luz vai abaixo.
Durante o dia, à noite, a qualquer hora, sem aviso prévio, o fornecimento de energia eléctrica nas Lajes é um serviço de má qualidade.
E pagamos o mesmo que os clientes de outras ilhas onde os cortes de luz, que também os há, ocorrem durante a noite, a horas de pouco uso.
O pior é que quando a energia volta, os aparelhos são expostos a cargas superiores e por vezes não resistem. Os clientes ficam penalizados e, normalmente, a EDA descarta-se desresponsabilizando-se de qualquer prejuízo.
Nesses casos, É PRECISO RECLAMAR! PEDIR O LIVRO DE RECLAMAÇÕES E RECLAMAR!

E já agora pergunta-se: onde para o projecto da hidroeléctrica do Paúl que, no tempo de outro patrão, estava concluído e tinha viabilidade económica?
Afinal a protecção do ambiente não passa por aqui. Passa por consumir mais combustíveis fósseis e não passa pela hídrica, já que na eólica já se concluíu que há que ampliar a potência dos geradores instalados. Pudera. Toda a gente via que se deveria ter instalado mais geradores. Só a EDA é que não viu. Chegou tarde, mas parece que vai chegar...

P.S._ Este post foi transcrito pela secção BLOGGING no jornal Diário dos Açores, edição de 18-03-10

terça-feira, 16 de março de 2010

E o acesso ao quebra-mar das Lajes?

Em Julho do passado ano, o Governo Regional decidiu, em Conselho do Governo realizado na Graciosa:

"27. Autorizar a celebração de contratos plurianuais entre a Região Autónoma dos Açores e a Administração dos Portos da Terceira e Graciosa, S.A. (APTG, S.A) e a Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental, S.A. (APTO, S.A.), para a realização dos procedimentos necessários à execução das obras de requalificação/modernização/construção dos diversos portos que estão sob as respectivas jurisdições, nos anos de 2009 e 2010. (...)

Quanto à APTO, a principal empreitada diz respeito à execução do acesso de serviço ao quebra-mar da protecção costeira das Lajes do Pico."

A obra vem beneficiar não o acesso à muralha de cortina da Vila para eventuais reparações de que as obras de mar sempre carecem, proporcionar o acesso aos pescadores e, quem sabe?, à construção futura de outros equipamentos que sempre estiveram nas intenções dos lejenses e nunca foram satisfeitos...

Pergunta-se: em que pé se encontra o desenvolvimento deste projecto? Já foi adjudicado? Vai concretizar-se quando a calmia voltar?

Quem sabe explicar?

(A foto aqui utilizada não pertence ao blog, mas ao universo da blogosfera)

P.S.- este post foi transcrito na secção BLOGGING do Diário dos Açores, edição de 17-03-10

domingo, 14 de março de 2010

A propósito do Altar-mor da Matriz

Vai um secretismo no interior da nossa igreja Matriz.
Hoje a missa dominical, que - pasme-se! - nunca tem hora certa, ao contrário de outras paróquias, foi em São Francisco e parece que assim será até pelo menos ao Domingo de Ramos.
Esta semana colocaram um contentor no adro e, sem que ninguém soubesse do que tinha, sairam de lá peças e peças de madeira. Dizem que é para um retábulo da capela-mor. Será?
E os fiéis - a denominada comunidade- de nada sabem, nem foram tidos nem achados nem informados?
Mas não é o templo um imóvel de culto colectivo, onde os católicos se reunem para celebrar a Fé?
E ninguém diz nada?!...
Assim não se constrói uma comunidade viva e participante. Quando numa família maior ou menor as decisões são tomadas apenas por uns poucos iluminados, não se espere que os restantes membros se mobilizem para grandes ou pequenas causas.
Acaso ainda se lembram como se angariou verbas para terminar a construção da Matriz? Com a participação de todos! Daqui e de lá de fora, onde quer que se encontrassem.
E sabem por que não se avançou na construção de um retábulo para a capela-mor? Não foi só por falta de dinheiro. Foi sobretudo porque as novas orientações litúrgicas e o próprio estilo da Igreja não se compaginavam com talhas de estilo barroco ou outros. Optou-se pela simplicidade, como propunha o Vaticano II.
Será que foi ouvida ou consultada a comissão de Arte Sacra Diocesana, ou algum arquitecto competente e conhecedor destas matérias?
Para mim, o mais importante é construir a comunidade que, pelos vistos, está tão alheada da Igreja. Porquê? Por várias razões, entre as quais, porque os pastores estão ausentes. São pastores itinerantes, são daqui, dali e de lado nenhum, porque não estão nem ali nem acolá.
Vou voltar ao assunto, porque é confrangedor observar a falta de dinamismo na activação e audição de organismos como o conselho pastoral que engloba todos os movimentos e iniciativas paroquiais. Apesar de tudo, há sinais cristãos que deveriam motivar os responsáveis para uma motivação do Povo de Deus.
Mas é preciso estar com e ouvir, para descobrir esses Sinais.

segunda-feira, 8 de março de 2010

5 meses não chega para abrir o Lar de Idosos?


Há pouco mais de cinco meses, foi inaugurado com pompa e circunstância o Lar de Idosos Calvino F.Santos.
Trata-se de uma unidade fundamental de apoio à terceira idade, nomeadamente, a quantos têm dificuldades de permanecer e de ser atendidos convenientemente, pelos mais diversos motivos, nos seus lares ou no seio de suas famílias.
O Lar da Santa Casa da Misericórdia das Lajes do Pico, é, pois uma infraestrutura de grande valia social e comunitária, como tem sido o Lar de idosos da Piedade, da mesma instituição.
Acontece, porém, que as suas portas tardam em abrir. Cinco meses, parece-nos tempo demais, se bem que haja que recrutar e formar o quadro de pessoal necessário, capaz e competente para responder da melhor forma às valências de uma unidade do género.
Mas cinco meses?!... é tempo demasiado, porque há futuros utentes que aguardam, há gente que precisa de trabalho e técnicos especializados que prestarão serviço, numa terra tão deles carenciada.
E não se diga que tudo leva tempo, que a culpa é dos outros e que falta ou faltou mais isto e mais aquilo.
Nada que não se previsse e que podia ter sido feito, enquanto decorriam as obras.
Só espero que a falta de nomeação dum capelão, não seja mais uma desculpa para mais uns meses de espera.
A caridade e a solicitude para com os mais fracos, necessitam de respostas conveniente e rápidas. É isso que faz a diferença entre a prática da Caridade e das Obras de Misericórdia e a prestação de um mero serviço de acolhimento de idosos, pago pelo Estado.

sábado, 6 de março de 2010

Sobre os navios ferries e seus horários


Foram já anunciados os nomes dos navios ferries que ligarão as ilhas de Maio a Outubro.
O primeiro é o grego Santorini, já nosso conhecido de alguns anos.
Apesar da sua idade, possui camarotes confortáveis e uma velocidade que, não sendo muito boa, adequa-se às de outros navios no género.
Curiosamente não tem dado muitas arrelias, sempre desconfortáveis para quem as férias são sempre pouco tempo.
Permite deslocações mais demoradas às Flores e ao Corvo e tem acomodações condignas.
E depois há sempre quem prefira viajar de barco, para desfrutar de maravilhosas paisagens como esta, entre São Jorge e Pico, num fim de tarde de Julho.
O segundo barco é o antigo Viking, cuja velocidade faz inveja aos ferries que já passaram por estas águas açorianas.
Agora ao serviço de um armador grego, o Speed Runner III, vestiu-se de branco para viajar nas ilhas gregas do Mar Egeu.
Volta aos Açores, para andar depressa.
Resta saber se os horários da Atlanticoline, que já deviam ser conhecidos, estão prontos e se ajustam aos passageiros que fazem viagens mais longas.
Ou será que quem vai do Pico para São Miguel e vice-versa, tem de pernoitar na Terceira?
Se assim fôr, está-se a beneficiar a Terceira e não os passageiros, o que é grave, pois terão de pagar pela hospedagem naquela ilha.
Seria de toda a conveniência os responsáveis e as forças vivas desta ilha se pronunciarem, ou pedirem opinião, para que o Pico, ilha que tem maior movimento a seguir a Santa Maria e Terceira, não seja prejudicado, em benefício quer da Terceira quer do Faial.
A mania das três centralidades penaliza os passageiros que viajam de barco porque gostam e porque não têm dinheiro para gastar em viagens de avião.
Será que os responsáveis entendem estas situações?

terça-feira, 2 de março de 2010

O blogue do Medina

O lajense José Manuel Medina, que reside em São Miguel desde os 18 anos, para onde foi jogar no Santa Clara, também tem um blogue muito interessante.
Nele qualquer lajense se revê na memória e na saudade espelhadas nas bonitas fotos que ele tirou, provavelmente, quando vem de férias.
Força Medina e vê se descobres uns craques para o Lajense. De borla, claro!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Acabem lá com essas tricas!

Infelizmente, as relações institucionais não andam boas entre os dois representantes dos órgãos municipais. Questões antigas, certamente, que devem ser ultrapassadas por ambas as partes.
Nem uma individualidade deve comentar que não reconhece a outra por não ter sido eleita maioritariamente pelo povo, nem a outra deve dizer que "guardará para memória futura" afirmações menos aceitáveis.
As autoridades só o são, pelas qualidades de liderança que revelam, pelo bom serviço que prestam, pelo exemplo que dão aos cidadãos.
A intransigência leva ao autoritarismo, o pior defeito de um poder democrático.
Acabem lá com esses "mimos" e faça cada qual o que a lei lhe confere.
Afinal ninguém é dono nem senhor do cargo que exerce, nem os autarcas são eleitos para alimentarem militâncias fundamentalistas ou afirmarem inimizades políticas.
Em democracia o poder é do povo. Quem é eleito, não é dono do poder. Antes presta um serviço ao povo e não à clientela do partido A ou B, ou ao senhor X ou Y.
Isso era antigamente.
Quem inverter estes princípios subverte a democracia e será penalizado por isso!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

As regatas de botes baleeiros vão continuar


Há dois dias, o jornal Açoriano Oriental publicava esta notícia:

"O Campeonato Regional de Botes Baleeiros não deverá realizar-se este ano devido à falta de consenso entre os proprietários destas embarcações, que antigamente eram utilizadas para perseguir cachalotes nos mares dos Açores.

O campeonato tem sido realizado nos últimos anos com base no consenso entre os proprietários, devido à inexistência de uma entidade responsável pela organização da competição, mas este ano não foi possível chegar a um acordo. Na origem do diferendo está uma proposta para reduzir o número de provas pontuáveis para o campeonato regional, de forma a permitir aumentar o número de participantes e, consequentemente, a competitividade do campeonato. A proposta não foi aceite por alguns proprietários, originando uma situação de impasse que inviabilizou a realização do campeonato regional, ficando apenas prevista a realização de algumas regatas locais. "

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O campeonato regional de remo e vela em botes baleeiros, foi uma iniciativa meritória que desenterrou do esquecimento a actividade baleeira em quase todas as ilhas à excepção de São Miguel.

Todavia, as regatas baleeiras não deixaram de fazer-se sobretudo nas ilhas do Triângulo, tal o entusiasmo crescente dos jovens - rapazes e raparigas - preparados por antigos baleeiros ou filhos destes.

Com campeonato ou não, as regatas vão continuar, porque constituem manifestações competitivas integradas em programas festivos, que já ninguém dispensa e que todos envolve, lembrando as antigas rivalidades entre os faiais, os lajes, os calhetas, os ribeiras e os do cais.

Mas é pena que haja quem coloque outros interesses pessoais acima da memória colectiva que anima a vida e a cultura do povo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Foi há 3 anos...

Fez no passado dia 11 de Fevereiro três anos que iniciámos um direito de cidadania, usando as novas tecnologias de comunicação (TIC).
Já então dizíamos que pretendíamos denunciar situações, sem nos considerarmos juízes de quem quer que fosse e sobretudo, salvaguardando sempre o bom nome e o respeito por cada um.
Ao longo destes anos, temos, por respeito com este compromisso inicial, recusado comentários que nos pareciam atentar contra o bom nome e os que não provavam as afirmações feitas.
Julgamos que a nossa intervenção, apesar das nossas limitações, tem contribuído para levantar questões, propondo soluções ou chamando a atenção para situações que nos parecem menos bem.
É com este objectivo que prosseguiremos, no pressuposto de que a liberdade de expressão e de opinião, a participação cívica na vida das pequenas ou grandes comunidades, são direitos e um dos suportes fundamentais da democracia.
Obrigado pela Vossa preferência e participação.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Perguntas ao Presidente da Câmara

O Presidente da Câmara, Roberto Silva, esteve também presente na Bolsa de Turismo de Lisboa, onde estabeleceu contactos com empresários do sector e também com arquitectos, visando a construção de um hotel no espaço do antigo matadouro do Pico, situado perto da Vila das Lajes do Pico.

A informação foi colocada há dias no site do Município que, diga-se em abono da verdade está mais informativo, mas ainda não tanto como seria de desejar. Mesmo assim, ninguém " pegou " nesta notícia que constitui um avanço num projecto de anos e com pés para andar, queiram os organismos públicos e a iniciativa privada dar-lhe o seguimento conveniente.
Esperava, por isso, ver o jornal O DEVER, aprofundar esta e outras informações veiculadas pela Página autárquica, solicitando esclarecimentos do Presidente da Câmara não só sobre o projecto do Hotel mas também sobre a transferência do Posto de Turismo e a nova utilização a dar ao Forte, e sobre as Jornadas de Reflexão de Animação Turística II, a realizar este ano e a Bienal das Baleias no próximo.

Com esses esclarecimentos, que certamente fariam notícia de capa no semanário lajense, ficaríamos melhor informados e o jornal, cumpriria a função informativa para que foi criado.
Aliás e isto é apenas um reparo construtivo de quem valoriza O DEVER e todos quantos o constroem semana a semana, gostaria de ler uma grande entrevista com o Eng Roberto Silva, novo presidente da edilidade. Seria um bom serviço a prestar não só aos lajenses residentes mas sobretudo aos ausentes, antes que outros meios de comunicação social se antecipem.
E deixo aqui algumas perguntas: para além das questões anteriormente colocadas:
Que se passa com o plano de pormenor das Lajes?
O Jardim-Parque do campo de futebol é para avançar com o projecto existente, com alterações, ou para pôr de parte?
A Câmara vai implementar a construção de habitações em zonas da Vila ainda disponíveis?
Sabendo-se que o Parque de Campismo não está certificado e que é um espaço privilegiado para ser utilizado para melhores valias, pensa Roberto Silva (RS) transferi-lo para outra zona ou o parque dali não sai, mesmo que só seja utilizado 3 meses no ano?
Que pretende fazer RS da zona balnear da Maré? Reabilitá-la, dotando-a de acessos fáceis e seguros para idosos e crianças e com equipamentos sanitários amovíveis, ou vai manter tudo como está?
O acesso ao edifício do Convento é dificil para os idosos. Pensa ou não fazer uma rampa cumprindo a legislação em vigor, ou vai manter a dificuldade de acessos?
Casa da Maricas Tomé: a protecção do edifício significa que vamos ter obras em breve, o edifício vai ser vendido para fins turísticos numa parceria público-privados, ou continuaremos à espera não se sabe de quê e de quem?
E o edifício da Alfândega: continuará fechado sem o Estado lhe dar destino ou há já projecto para a sua ocupação?
E por aí fora. Outras questões como a irregularidade da calçada e dos passeios daVila ...podem ser colocadas pelos nossos leitores nos comentários.
É importante que os lajenses aumentem a sua auto-estima e RS, pode contribuir para isso.
Estamos abertos neste blog às respostas de Roberto Silva. Se o entender fazer através do site do Município, óptimo! Faremos eco disso aqui.
Se entender responder através da página autárquica, óptimo também!
De qualquer modo, julgo que O DEVER seria, presentemente, o meio melhor para saber o que pensa das Lajes e do Concelho o Presidente da Câmara das Lajes do Pico.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Lajeshoping-inauguração a 21 de Março

A abertura do Lajeshoping está a ser preparada com muito empenho e cautela, para que os consumidores lajenses e picoenses possam optar por uma estrutura com productos e serviços de qualidade.
Nos últimos tempos tem-se procedido ao recrutamento de pessoal para os vários sectores comerciais. O último anuncio, publicado n'O DEVER, solicita pessoal destinado à peixaria e talho.
Segundo apurámos tudo leva a crer que a abertura do Lajeshoping, pertencente à sociedade Ancora Parque, Lda. deverá ocorrer no primeiro dia da Primavera - 21 de Março.
Uma data simbólica para um empreendimento que conheceu durante vários anos, muitos contratempos, certamente, estranhos à própria sociedade.
Para as Lajes será um janela de oportunidades quer pelos novos empregos, quer pela abertura de novos negócios.
Daqui enviamos uma palavra de incentivo aos empreendedores que, apesar dos tempos de crise, continuam a arriscar o seu capital e a sua iniciativa.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Até que enfim!


Há dias que o sol não brilha para estes lados do sul.
A Montanha tem-se escondido na neblina invernosa que nos cansa e consome, mais a chuva constante que já seca a nossa paciência.
As Lajes hoje estão como são. Belas, mirando a Montanha com filamentos de prata e a baía apela a uma partida constante, com vontade de ficar.
Continuamos aqui, defendendo este lado da Ilha, convencidos de que vale a pena aqui estar.
Com esta paisagem, quem não gostaria de estar deste lado da Vida?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

SRPCBA não é senhor dos bombeiros!

Esta estória da exoneração do comandante dos Bombeiros das Lajes do Pico, não lembra a ninguém.
Então o Presidente do Serviço regional de protecção civil exonera o Comandante de uma corporação civil, sem ouvir a própria instituição e depois convida-o para reuniões em Angra?
Como seria bom que houvesse mais diálogo e respeito pelo funcionamento das instituições privadas que exercem um serviço público louvável da parte dos poderes públicos regionais que existem para ter uma função supletiva e não controleira...
Até parece que estão a brincar com coisas sérias!...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Votos de um Ano Bom


Que 2010 traga a recuperação económica, o aumento do emprego sobretudo para os jovens, o crescimento dos salários, mais qualidade de vida.
Que os lajenses vivam mais felizes, que desfrutem de melhores cuidados médicos e de saúde, que haja mais desenvolvimento e mais Paz!
São estes os votos sinceros do Lepratecoma.