segunda-feira, 29 de outubro de 2007

É tempo de acabar com paroquismos de fronteira

Neste fim de tarde amena de Outono, com uma das paisagens mais belas dos Açores, dou comigo a reflectir no futuro desta terra e desta gente que, por força do destino e da inoperância dos poderes públicos, se viram forçados a procurar melhores destinos para as suas vidas.
Os que aqui ficaram, resistiram ao abandono propositado ou não de governantes insensíveis
a gente de rija têmpera que lutou muito para que a sua terra fosse o que hoje é - um recanto da natureza, um espaço de sonho e de sonhos por vezes impossíveis de concretizar...
Os lajenses são assim: fortes e destemidos, corajosos e teimosos quando a razão lhes assiste.
Esperam, esperam sempre, porque sabem que a sua terra tem mais valias que os de fora reconhecem.
Quando se vislumbrará um futuro melhor e mais promissor para esta terra, primeira do Pico?
Já é tempo de nela apostar. Não o fazer é perder oportunidades que redundam em favor de todos os picoenses e açorianos.
É tempo de acabar com paroquismos de fronteira e abrir à ilha inteira a oportunidade do futuro.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

"A Vila que nos resta..."


..."recordando João Lacerda, lembro aqui o avô, João Pereira de Lacerda que, em meados do século XIX, construiu a casa que depois foi de Maricas do Tomé, por herança do pai, José Joaquim Machado, a qual se encontra em iminente derrocada. E é propriedade municipal! (...)

Há dois anos (em 2002) iniciaram-se as obras de recuperação do antigo "campo" de aproveitamento de baleias, no "Caneiro" à entrada da Lagoa, ou porto interior, mas estão por concluir os trabalhos e bem pouco falta...(...)

Já basta de tanto esperar! Sem intuitos de propaganda eleiçoeira, importa olhar com "amor" pela Vila das Lajes, a outrora Fidalga Vila das Lajes, a capital Baleeira, e prepará-la, como autêntica "sala de visitas do concelho" que é, para que se torne lugar aprazível, apetecível e atraente onde seja agadável estar."

Primavera de 2004


Ermelindo Ávila, Figuras § Factos, vol II pag.186

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Reflectir para Modernizar o Concelho



A três meses do final do ano, importa que os representantes e eleitos locais façam uma séria reflexão ou balanço sobre "o dito e o feito", os projectos consagrados em planos municipais e locais e as obras realizadas.


Não podemos continuar a viver apenas da nova piscina de Santa Cruz, desprotegida das maresias, da recuperação do Castelo ou da Fábrica da Baleia ainda de portas fechadas, aguardando a função para que foi reconstruída.


Reflectir sobre o que não foi feito e por quê (rede viária, instalações balneares, etc.), e integrar os futuros projectos na dinâmica que vai necessariamente gerar a protecção da orla costeira, associada ao porto de recreio.


É uma nova e moderna perspectiva que se abre às Lajes, ao sul e à Ilha, que tem de ser acompanhada de incentivos à fixação de pessoas e de atracção de novos investimentos. Como acontece noutros concelhos demograficamente idênticos ao nosso.


Reflectir para modernizar o concelho, é preciso! E todos são chamados a fazê-lo, sobretudo as entidades sociais, políticas e até religiosas. Que ninguém fique de fora pois o futuro deve ter a marca de todos os lajenses - residentes e ausentes.