terça-feira, 8 de janeiro de 2008

A propósito do Carnaval

Ainda mal terminaram os Reis e já se começa a falar do Carnaval - quintas-feiras de amigos, amigas, compadres e comadres. É a folia no seu melhor, enfeitada de bailes, soirés e matinés, com máscaras e fantasias, filhós, coscorões e malassadas, comezainas e bebidas. Tudo a bem da alegria, do convívio, da gargalhada e da galhofa, que a vida não é só desgraças!!!...
Longe vão os tempos das danças de espada, formadas por grupos de homens que percorriam a ilha e coloriam as praças com trajes garridos e armas inofensivas. Também já não existem conjuntos "ad hoc" para animarem as noites da folia.
A festa agora é nas discotecas, nos bares, nos novos espaços de convívio onde o ruído ensurdecedor dos megawtts fala mais alto que as conversas de circunstância, acompanhadas de uma mini ou de um copo de gin. É assim!...
À roda do ano, disfarçamo-nos na folia e disfarçamo-nos no sério, como se a dualidade fosse uma forma saudável de bem-viver. E para muitos, é! Mas um dia virá em que a realidade da vida nua e crua, impor-se-á cristalina, revelando a verdadeira face e o mais profundo do nosso ser que, teimosamente, escondemos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Mas um dia virá em que....
Faz lembrar o dia do juizo final!...
Mas que coisa fedorenta! Venha o carnaval, e já....

Anónimo disse...

O carnaval hoje, no Pico, não será igual ao que tivemos o privilégio de assistir, num passado não muito distante e em que éramos bem mais jovens (Que saudades!...). No entanto, julgo que não se limitará, agora, às discotecas e aos bares!?
É bom recordar os assaltos (Dos estudantes, do Grémio e da Filarmónica), os bailes que duravam até às tantas, os mascarados que visitavam, principalmente, as casas onde cheirava a matança do porco, as charangas, as partidas de futebol entre casados e solteiros, etc. etc..
Olhemos em frente, boa folia e ... é carnaval, ninguém leva a mal!

Paulo Pereira disse...

Farto de apenas ler e comentar posts, achei por bem fazer um. Mas logo me assaltou uma inquietação. O que é que eu, realmente, tenho para dizer?
Paulo Pereira
http://basaltonegro.blogspot.com/