sábado, 27 de fevereiro de 2010

Acabem lá com essas tricas!

Infelizmente, as relações institucionais não andam boas entre os dois representantes dos órgãos municipais. Questões antigas, certamente, que devem ser ultrapassadas por ambas as partes.
Nem uma individualidade deve comentar que não reconhece a outra por não ter sido eleita maioritariamente pelo povo, nem a outra deve dizer que "guardará para memória futura" afirmações menos aceitáveis.
As autoridades só o são, pelas qualidades de liderança que revelam, pelo bom serviço que prestam, pelo exemplo que dão aos cidadãos.
A intransigência leva ao autoritarismo, o pior defeito de um poder democrático.
Acabem lá com esses "mimos" e faça cada qual o que a lei lhe confere.
Afinal ninguém é dono nem senhor do cargo que exerce, nem os autarcas são eleitos para alimentarem militâncias fundamentalistas ou afirmarem inimizades políticas.
Em democracia o poder é do povo. Quem é eleito, não é dono do poder. Antes presta um serviço ao povo e não à clientela do partido A ou B, ou ao senhor X ou Y.
Isso era antigamente.
Quem inverter estes princípios subverte a democracia e será penalizado por isso!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

As regatas de botes baleeiros vão continuar


Há dois dias, o jornal Açoriano Oriental publicava esta notícia:

"O Campeonato Regional de Botes Baleeiros não deverá realizar-se este ano devido à falta de consenso entre os proprietários destas embarcações, que antigamente eram utilizadas para perseguir cachalotes nos mares dos Açores.

O campeonato tem sido realizado nos últimos anos com base no consenso entre os proprietários, devido à inexistência de uma entidade responsável pela organização da competição, mas este ano não foi possível chegar a um acordo. Na origem do diferendo está uma proposta para reduzir o número de provas pontuáveis para o campeonato regional, de forma a permitir aumentar o número de participantes e, consequentemente, a competitividade do campeonato. A proposta não foi aceite por alguns proprietários, originando uma situação de impasse que inviabilizou a realização do campeonato regional, ficando apenas prevista a realização de algumas regatas locais. "

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O campeonato regional de remo e vela em botes baleeiros, foi uma iniciativa meritória que desenterrou do esquecimento a actividade baleeira em quase todas as ilhas à excepção de São Miguel.

Todavia, as regatas baleeiras não deixaram de fazer-se sobretudo nas ilhas do Triângulo, tal o entusiasmo crescente dos jovens - rapazes e raparigas - preparados por antigos baleeiros ou filhos destes.

Com campeonato ou não, as regatas vão continuar, porque constituem manifestações competitivas integradas em programas festivos, que já ninguém dispensa e que todos envolve, lembrando as antigas rivalidades entre os faiais, os lajes, os calhetas, os ribeiras e os do cais.

Mas é pena que haja quem coloque outros interesses pessoais acima da memória colectiva que anima a vida e a cultura do povo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Foi há 3 anos...

Fez no passado dia 11 de Fevereiro três anos que iniciámos um direito de cidadania, usando as novas tecnologias de comunicação (TIC).
Já então dizíamos que pretendíamos denunciar situações, sem nos considerarmos juízes de quem quer que fosse e sobretudo, salvaguardando sempre o bom nome e o respeito por cada um.
Ao longo destes anos, temos, por respeito com este compromisso inicial, recusado comentários que nos pareciam atentar contra o bom nome e os que não provavam as afirmações feitas.
Julgamos que a nossa intervenção, apesar das nossas limitações, tem contribuído para levantar questões, propondo soluções ou chamando a atenção para situações que nos parecem menos bem.
É com este objectivo que prosseguiremos, no pressuposto de que a liberdade de expressão e de opinião, a participação cívica na vida das pequenas ou grandes comunidades, são direitos e um dos suportes fundamentais da democracia.
Obrigado pela Vossa preferência e participação.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Perguntas ao Presidente da Câmara

O Presidente da Câmara, Roberto Silva, esteve também presente na Bolsa de Turismo de Lisboa, onde estabeleceu contactos com empresários do sector e também com arquitectos, visando a construção de um hotel no espaço do antigo matadouro do Pico, situado perto da Vila das Lajes do Pico.

A informação foi colocada há dias no site do Município que, diga-se em abono da verdade está mais informativo, mas ainda não tanto como seria de desejar. Mesmo assim, ninguém " pegou " nesta notícia que constitui um avanço num projecto de anos e com pés para andar, queiram os organismos públicos e a iniciativa privada dar-lhe o seguimento conveniente.
Esperava, por isso, ver o jornal O DEVER, aprofundar esta e outras informações veiculadas pela Página autárquica, solicitando esclarecimentos do Presidente da Câmara não só sobre o projecto do Hotel mas também sobre a transferência do Posto de Turismo e a nova utilização a dar ao Forte, e sobre as Jornadas de Reflexão de Animação Turística II, a realizar este ano e a Bienal das Baleias no próximo.

Com esses esclarecimentos, que certamente fariam notícia de capa no semanário lajense, ficaríamos melhor informados e o jornal, cumpriria a função informativa para que foi criado.
Aliás e isto é apenas um reparo construtivo de quem valoriza O DEVER e todos quantos o constroem semana a semana, gostaria de ler uma grande entrevista com o Eng Roberto Silva, novo presidente da edilidade. Seria um bom serviço a prestar não só aos lajenses residentes mas sobretudo aos ausentes, antes que outros meios de comunicação social se antecipem.
E deixo aqui algumas perguntas: para além das questões anteriormente colocadas:
Que se passa com o plano de pormenor das Lajes?
O Jardim-Parque do campo de futebol é para avançar com o projecto existente, com alterações, ou para pôr de parte?
A Câmara vai implementar a construção de habitações em zonas da Vila ainda disponíveis?
Sabendo-se que o Parque de Campismo não está certificado e que é um espaço privilegiado para ser utilizado para melhores valias, pensa Roberto Silva (RS) transferi-lo para outra zona ou o parque dali não sai, mesmo que só seja utilizado 3 meses no ano?
Que pretende fazer RS da zona balnear da Maré? Reabilitá-la, dotando-a de acessos fáceis e seguros para idosos e crianças e com equipamentos sanitários amovíveis, ou vai manter tudo como está?
O acesso ao edifício do Convento é dificil para os idosos. Pensa ou não fazer uma rampa cumprindo a legislação em vigor, ou vai manter a dificuldade de acessos?
Casa da Maricas Tomé: a protecção do edifício significa que vamos ter obras em breve, o edifício vai ser vendido para fins turísticos numa parceria público-privados, ou continuaremos à espera não se sabe de quê e de quem?
E o edifício da Alfândega: continuará fechado sem o Estado lhe dar destino ou há já projecto para a sua ocupação?
E por aí fora. Outras questões como a irregularidade da calçada e dos passeios daVila ...podem ser colocadas pelos nossos leitores nos comentários.
É importante que os lajenses aumentem a sua auto-estima e RS, pode contribuir para isso.
Estamos abertos neste blog às respostas de Roberto Silva. Se o entender fazer através do site do Município, óptimo! Faremos eco disso aqui.
Se entender responder através da página autárquica, óptimo também!
De qualquer modo, julgo que O DEVER seria, presentemente, o meio melhor para saber o que pensa das Lajes e do Concelho o Presidente da Câmara das Lajes do Pico.