terça-feira, 19 de outubro de 2010

O seu a seu dono

Pelos comentários que, democraticamente, colocamos, nota-se que alguns leitores afectam este blogue ao poder municipal eleito, ou à sua autoria.
Completamente falso.
O LEPRATECOMA, embora tenha defendido a mudança e a votação na equipa de Roberto Silva, fê-lo por entender que era melhor mudar os protagonistas e os hábitos que sempre se ganham, do que continuar tudo como dantes, numa viciação de comportamentos e projectos que por diversas vezes contestámos.
O último comentário aqui feito, coloca um ponto final no "estado de graça" do poder camarário.
Chegou a hora de começar a concretizar projectos e intenções em que os eleitores acreditaram.
O Concelho necessita de um novo dinamismo na cultura, (não basta projectar fitas, fazer concertos, espectáculos e feiras, é preciso inovar e há tanto a fazer!...); precisa de rentabilizar a sua economia e as suas poupanças e necessita de fixar a população abrindo-lhe as portas do presente e do futuro.
Muitas sugestões aqui feitas ao anterior executivo municipal, aplicam-se a este. Os exemplos de paralisia estão à vista: no património construído, nas zonas balneares, na falta de capacidade hoteleira, na urgência em dar uma nova dimensão ao porto das Lajes, quer no iatismo quer nos transportes de passageiros e mercadorias, numa visão de futuro que compete encetar neste concelho e neste velho burgo - o mais antigo da Ilha.
Recorrendo a técnicos do exterior, ouvindo os lajenses de fora e de dentro... as Lajes e o Concelho precisam que uma lufada de ar fresco, com laivos de modernidade. Que chegue depressa para dar alento aos que aqui vivem e coragem aos empreendedores jovens e menos jovens!
E em todos estes sectores o Município tem uma palavra importante a dizer, a reivindicar, a propor. Sobretudo a propor, com pés e cabeça, para que os resultados cheguem depressa, pois a inércia não resolve nada, só agrava.
Este blogue é antes de mais um exercício público dos direitos de cidadania.
Para atingir estes objectivos os aliados do LEPRATECOMA são, sobretudo,os Lajenses, porque amamos a nossa TERRA e temos orgulho nela.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dos projectos às obras

Quase me esqueci de alimentar este blogue que tantos engulhos causam a muita gente que outrora se empoleirou no poder.
Lepratecoma surgiu não para dizer mal, antes para ser uma voz crítica e lúcida do que acontece por aqui ou que aqui se projecta fazer.
Estivemos silenciosos até agora. O Verão é um tempo de paragem, de convívio, de troca de ideias entre os que aqui vêm e os que aqui vivem. E não é a mesma coisa, nem se tem as mesmas opiniões. Quem vive o dia-a-dia desta terra, torna-se, por vezes,insensível ao quotidiano, enquanto quem aqui vem tem os olhos mais aberto a pequenas coisas que poderiam talvez ser diferentes.
De qualquer modo, uns e outros são indispensáveis ao porvir porque ambos são daqui.
Neste início do ano lectivo, a começar o último trimestre do ano, espera-se que os responsáveis pelos destino desta terra, apresentem novos empreendimentos.
É tempo de passar dos projectos às obras pois, mesmo em tempo de crise, não há tempo a perder e o combóio do progresso já está em andamento.
É tempo de apanhar a carruagem, mesmo que seja a última.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Voltámos com a festa

Há quanto tempo!!!...
Até parece que não há nada a dizer - disse alguém.
O certo é que, quando se dá primazia às férias, ao mar, ao sol, ao convívio com os amigos, parece que tudo está bem à nossa volta. E não é assim.
Há críticas a fazer? Tantas e os últimos post comprovam-no porque pouco foi alterado. A não ser o campo de futebol. Para ser nivelado, como está, com gravilha, foi necessário partir pedra. Para quê? Qual o projecto em vista? É o que falta explicar. E tanto gostávamos de saber, pois o amor à nossa terra é desinteressado e acompanha-nos sempre.
Mas o tempo é de festa. Vamos festejar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Água mole...

1. Já é um tema recorrente o estado lastimável e fantasmagórico em que se encontra a Casa da Maricas Tomé. Obra de Santa Engrácia, não é um termo que se aplique àquele edifício, pois, há mais de uma dezena de anos, o que os responsáveis municipais se limitaram a fazer foi numerar a cantaria.
De resto, sai verão e entra primavera e a carcaça de uma casa solarenga, ali está, perigando os transeuntes. Há uns meses, delimitaram o passeio com uma rede que o tempo enferrujou.
Nada mais se fez! Ao menos, limpe-se a fachada e com uma placa, informe-se o público do que se pretende ali fazer, quando houver projecto. É o mínimo que se exige. Doutro modo, cheira a desmazelo, a desleixo, a ...
E quanto antes, pois os turistas já andam por aí, os lajenses de fora também não gostam de ver o abandono daquela antiga casa de moradia e também escola primária das meninas. Querem uma ajuda de voluntários para cortar as trepadeiras?
Aqui estou eu e outros mais.

2.Já agora, que se passa com o terrapleno iniciado no antigo campo de futebol? Terminou o projecto, ou falta verba e projecto?
Os munícipes merecem ser esclarecidos. Ao fim e ao cabo, os responsáveis camarários foram delegados a exercer o poder pelo povo (onde é que eu já ouvi isto?). Não para fazer o que bem entendem e lhes dá na real gana.

domingo, 11 de julho de 2010

Os canaviais infestam as ladeiras da Vila


Os canaviais estão a irromper pelas ladeiras da Vila. Acima e abaixo da estrada, os canaviais são uma praga a que os responsáveis pela natureza e os próprios donos dos prédios parecem indiferentes.

Há uns anos, os serviços das obras públicas, procederam a um excelentíssimo corte de tão reprodutoras plantas. Resultado: a estrada regional sobre as Lajes- toda ela - passou a ser um miradouro. Agora, os canaviais infestam prédios particulares - outrora serrados de milho - junto às casas ou nas ladeiras, e ninguém faz nada!

Antigamente, a Câmara ordenava a limpeza das testadas, das canadas. Então, os prédios e serrados eram terrenos férteis e abundantes de produtos que sustentavam famílias e gados.

Falta quem, com autoridade!, mande limpar esses canaviais, antes que eles nos entrem pela porta da cozinha dentro e nos tapem as paisagens de que tanto gostamos.

É preciso que se faça uma campanha? Que venha ela! Rápido e depressa, pois de infestantes já temos incensos de sobra e outras mais que só revelam a falta de braços, de engenho e provocam o abandono dos campos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Uma visita, sem estratégia de futuro

O Governo dos Açores volta ao Pico um dia destes. Em visita estatutária.
Não sei o que assinalará a visita, em 2010, mas presumo que será inaugurado o Porto da Manhenha, cujas obras já terminaram há meses e desconheço se há mais alguma obra cuja fita irá ser cortada.
O que importa é se há novidades sobre o desenvolvimento da Ilha, face ao seu despovoamento, envelhecimento e falta de perspectivas para os mais novos.
Ouvi que o conselho de ilha já tinha elaborado o memorando para entregar ao Governo. Mais uma vez, obras e mais obras: a nova escola Secundária das Lajes, porto da Madalena, porto de São Roque, transportes aéreos Pico-Lisboa...
Quanto à primeira, acredito que não faz sentido o investimento, face à instalação de uma escola do 2º e 3º ciclos, na Piedade. Do porto de passageiros e de recreio de São Roque, bem como do da Madalena, penso que em tempo de crise, devemos ser parciomoniosos e aguardar para ver o que isto vai dar.
Não ouvi falar de novos paradigmas para o desenvolvimento que valorizem as nossas riquezas marinhas, as riquezas ambientais, ou a investigação científica, ou um aproveitamento maior dos nossos produtos agropecuários como o queijo típico e a carne, os vinhos e outros produtos característicos.
Não basta consagrarmos a paisagem da vinha como património mundial. Impõe-se que daí colhamos benefícios económicos. Não basta dizermos que o queijo do Pico tem muita fama, quando ele vende-se mal, apresenta-se mal e continua sem grande saída.
Não basta relevarmos a nossa cultura, a nossa gastronomia, a nossa natureza, a nossa paisagem, se tudo isso não beneficiar os que aqui vivem, criando novos serviços, novos empregos, novos atrativos.
Quando em todas as ilhas o whale-watching fôr uma espécie de monocultura do mar, acabou-se o negócio.
Quando em todas as ilhas se produzir o mesmo queijo da Ilha, acabou-se o queijo típico do Pico.
Quando em todas as ilhas as produções forem iguais ou semelhantes, acabou-se o atrativo das pequenas ilhas, pois os visitantes ficarão nos destinos mais próximos e menos caros e aí terão uma visão global dos Açores. Não acreditam?
Então esperem para ver.
O Governo vem ao Pico? Que venha.
Se os empresários e políticos desta terra só continuarem a exigir-lhe a construção de mais obras públicas e não: projectos inovadores, consistentes e perspectivas modernas e inovadoras de um desenvolvimento adequado a esta Ilha, o Governo não terá muito que pensar e fazer. Os engenheiros, arquitectos e gabinetes projectistas far-lhe-ão o trabalho de casa.
Uma coisa, porém, é certa: Nunca, em tempo algum, o cimento gerou desenvolvimento.
Perante isto, mais vale aos empresários e políticos desta terra exigirem ao Governo que estude com organizações competentes, quais os sectores em cuja viabilidade e mais-valia devem apostar os investidores locais ou exteriores. Para que o Pico tenha mais gente e as suas riquezas e vantagens - o seu futuro - sejam valorizados.
De contrário, estamos a brincar às obras públicas e a desperdiçar tempo, dinheiro e energias.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um mês depois...

Um mês é muito tempo.
Foi há um mês que escrevi o último texto deste blogue. Desde então muita coisa aconteceu nesta terra, se bem que, nada de extraordinário, tenha sucedido.

1. As chuvas contínuas, puseram a descoberto a fragilidade dos taludes da estrada regional do lado sul. Nada que não se adivinhasse. Todavia, apesar de cair mais uma quebrada aqui, uma pedra ali, uma ribanceira acolá, as máquinas procedem à sua desobstrução e mantém-se tudo como se nada fosse.
Ninguém protesta: Que se há-de fazer? Contra a força dos elementos, quem pode resistir? Este ano foi demais...para o ano será diferente!
E vamos suportando tudo com paciência, como se não houvesse maneira de prevenir e de proteger pessoas e bens de tragédias que não avisam, antecipadamente.
E o pior é que vem aí o bom tempo e tudo se vai esquecer, como se não tivesse acontecido nada.
E se suceder? Pois paciência!!!...- dirão resignados, os afectados.
Por que será que só aqui é que as entidades responsáveis não tomam as devidas providências?

2. Os lajenses tem assistido ao enchimento do campo de futebol. Alguns (veja-se os comentários do texto anterior) julgam que ali se vai instalar uma central de britagem. Outros criticam à boca pequena, mas não adivinham o que dali vai sair.
Será que os responsáveis camarários não deveriam informar os munícipes do que se pretende fazer no antigo campo de futebol?
Eu penso que sim. E quanto mais cedo melhor. Com um cartaz, com uma informação na Página Autárquica, com uma notícia, com qualquer coisa. Nada pior que o silêncio. É a mãe de todos os boatos, maledicências e lamentações.

3. Os novos proprietários do Moby Dick II apresentaram o projecto do seu empreendimento e revelaram as suas valências. Com uma visão comercial e um louvável interesse colectivo.
Que tenham muito sucesso.

4. Aos poucos a vila vai-se alindando. Foi a Delegação Marítima. Esperemos que a casa da Maricas Tomé dentro em breve fique com um aspecto menos desprezado.
Já anda por aí tanta gente a tirar retratos para mais tarde recordar e para mostrar aos seus amigos e familiares que importa limpar o mais possível tudo quanto desfeia esta Vila.